A Polícia Civil de Joinville está concluindo o inquérito do caso de agressão ao motorista de ônibus Agostinho Hoepers. O homem de 53 anos foi esfaqueado quando estava em serviço, na noite de 5 de janeiro, por um jovem de 18 anos.

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As dúvidas que restavam sobre o caso da agressão eram sobre a colisão entre o ônibus e o Corsa hatch dirigido pelo agressor, e a hipótese de o motorista ter golpeado o jovem primeiro. Elas poderiam elucidar a motivação para o crime: Agostinho recebeu seis facadas na região do tórax após ter o ônibus que dirigia, na linha Itinga, invadido pelo jovem.

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O delegado Fabiano Silveira, da Delegacia de Homicídios, ouviu testemunhas que estavam no ônibus no momento do crime e estas confirmaram a versão do motorista. Segundo Agostinho, a colisão do ônibus com o carro de seu agressor ocorreu somente depois de ser esfaqueado, o que o levou a soltar a embreagem do veículo e bater na lateral do automóvel que o havia “fechado” na rua Waldemiro José Borges, no bairro Itinga.

O suspeito do crime, ao se apresentar na delegacia, havia afirmado à polícia que o ônibus colidira contra seu carro e, por isso, ele e o outro passageiro do veículo haviam parado Agostinho e forçado a entrada no coletivo.

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Além disso, o jovem também alegou que Agostinho o agredira primeiro, com uma marreta, e que ele reagira para se defender. As testemunhas negaram esta acusação e disseram que apenas o motorista do ônibus foi agredido. O inquérito aguarda o laudo pericial das lesões sofridas por Agostinho para então ser enviado ao Ministério Público de Joinville. Como o agressor não tem passagens criminais, o delegado pediu medida preventiva, o que significa que ele não pode deixar a cidade, nem sair à noite. Ele e o outro homem envolvido no crime serão indiciados por tentativa de homicídio.