A investigação que apurou o caso do turista incendiado na Beira-Mar de Florianópolis, em 14 de janeiro deste ano, foi concluída pela polícia. No entanto, ninguém foi preso. Segundo a Polícia Civil, não houve provas suficientes para identificar ou condenar possíveis suspeitos do fato.
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De acordo com a diretora de polícia da Grande Florianópolis, Michele Rebelo, o local onde o turista foi encontrado é afastado e não há câmeras de segurança. Conforme o que apurou a polícia, a vítima adormeceu na Ponta do Coral – região afastada do calçadão da Beira-Mar Norte – e acordou com o corpo já em chamas.
O homem, de 27 anos, é natural de Presidente Prudente, em São Paulo, e relatou que ao perceber o fogo se jogou na água e correu em direção a rua pedir por socorro. O caso aconteceu por volta das 23h30.
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A vítima aguardava o horário do ônibus para voltar à São Paulo durante a madrugada do dia 15 de janeiro. Segundo a delegada, ninguém presenciou o fato, o que teria dificultado a investigação. Um ciclista que passava pelo local foi quem acionou o Samu ao ver a vítima na ciclovia.
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As imagens das câmeras de segurança da Federação Catarinense de Tênis – próximo ao local do ocorrido – mostram, de longe, o momento em que a ambulância chega. Ele foi internado e permaneceu por quase 30 dias no hospital.
– Depois que ele teve alta, no dia 11 de fevereiro, ele sumiu. Nós não conseguimos mais contato – explicou a delegada, que afirmou pontos de contradição da vítima em diferentes depoimentos.
Algumas pessoas foram ouvidas. Entre elas, funcionários do hostel em que a vítima estava hospedada, a enfermeira do Samu, que atendeu a ocorrência, e o ciclista.
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Os pertences do homem foram encontrados queimados e na mochila, conforme divulgou a perícia, não havia substâncias inflamáveis. Segundo o que contou o turista à polícia, ele veio até a Capital catarinense em busca de emprego após um término de relacionamento. Em São Paulo, conforme afirmações das testemunhas, ele atuava como açougueiro.

– É um caso complexo. Várias diligências foram feitas e houve contradições de alguns fatos, inclusive do local onde teria acontecido. Não foi possível apurar quem agiu – explicou.
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A passagem para o estado paulista não foi encontrada pela polícia. Em depoimento, o homem também teria afirmado que estaria em um evento na Beira-Mar Norte, porém, não houve registro de eventos na data e local, segundo a delegada.
O inquérito foi finalizado, mesmo com hipóteses, por falta de informações, conforme informou a delegada regional.
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*Sob supervisão de Lucas Paraizo.
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