A Polícia Civil encerrou as investigações sobre as causas do incêndio que atingiu mais de 800 hectares do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, em Palhoça, na Grande Florianópolis, nos dias 10 e 11 de setembro. O inquérito foi concluído sem respostas.
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De acordo com a delegada regional de Palhoça, Michele Correa Rebelo, não foi possível descobrir o que provocou as chamas – se foi ação humana ou o próprio clima:
— O próprio laudo pericial foi inconclusivo neste sentido. Houve apuração e foram ouvidas todas as testemunhas, mas não se chegou a uma conclusão sobre as causas, muito menos a uma autoria.
A delegada ressaltou que os focos de incêndio surgiam em diferentes locais da área e a todo o momento, enquanto as equipes de combate às chamas trabalhavam no local.
— A vegetação estava muito seca e o vento muito forte, como relataram os técnicos que foram ouvidos. Não temos provas, nem elementos suficientes para afirmar que foi criminoso ou que não foi — explicou.
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Audiência Pública
Com uma série de queimadas na região durante todo o mês, as autoridades de Palhoça e o Conselho Comunitário se mobilizaram para encontrar medidas efetivas, a fim de evitar novos incêndios. Uma audiência pública está agendada para o dia 31 de outubro.
No encontro será debatido a respeito de uma rua aberta no parque, que, segundo a delegada, "não leva a lugar algum".
— Se pensa em fechar aquele acesso, para evitar que pessoas possam ir até lá e fumar, por exemplo. Assim, já se evita que alguma 'chepa' de cigarro seja largada na vegetação — sugeriu.
Mais de mil hectares
Ao completar 30 dias do primeiro incêndio que atingiu o Parque da Serra do Tabuleiro este ano, novos focos do fogo são controlados na área de preservação. Em três semanas foram dois incêndios que destruíram, juntos, mais de mil hectares do parque.
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O primeiro ocorreu nos dias 10 e 11 de setembro, quando a vegetação de pouco mais de 800 hectares da área foi devastada. O segundo caso foi entre os dias 02 e 03 de outubro e consumiu aproximadamente 250 hectares. Uma semana depois, servidores reúnem forças mais uma vez, para controlar o fogo no local.