Polícia Civil realiza megaoperação contra tráfico de drogas em Joinville

A megaoperação deflagrada pela Polícia Civil na madrugada desta quinta-feira em Joinville desarticulou uma quadrilha de tráfico de drogas responsável pela distribuição de cocaína, crack e maconha nas zonas Sul e Leste da cidade.

A ação coordenada pela Divisão de Investigação Criminal (DIC), prendeu oito pessoas em flagrante, apreendeu três armas _ dois revolveres calibre 32 e 38 e uma pistola nove milímetros, de uso restrito_, dinheiro e drogas, entre elas um pé de maconha, durante o cumprimento de 31 mandados de busca e apreensão. Um deles cumprido em São Francisco do Sul e outro em Florianópolis.

A ação teve o apoio de delegados e agentes da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), de Florianópolis, e envolveu mais de 100 policiais civis. Os mandados foram cumpridos a partir das 6 horas nos bairros Comasa, Boa Vista, Espinheiros, Fátima e Jardim Paraíso.

Segundo o coordenador da DIC, o delegado Jeferson Prado Costa, a operação finalizou uma investigação iniciada há seis meses, que já havia prendido seis pessoas, entre elas o chefe do grupo, em dezembro do ano passado. No período também foram apreendidos aproximadamente 30 quilos em drogas e pelo menos R$ 70 mil em notas pequenas.

– A quadrilha era bem articulada. Eles compravam a droga na fronteira com o Paraguai (Foz do Iguaçu) para revender predominantemente em Joinville – afirma Jeferson.

As investigações apuraram, de acordo com o delegado, que o grupo era dividido entre os que eram responsáveis por buscar a droga e transportá-la para Joinville, os que guardavam, os que revendiam os entorpecentes em forma de atacado _ grandes quantidades _ para traficantes menores das zonas Leste e Sul e os que vendiam a droga na forma de varejo, em menores quantidades.

– As drogas eram apreendidas em formato de tijolos ou pedaços grandes, o que caracteriza a venda em atacado – explica Jeferson.

A Polícia também suspeita que a quadrilha esquentava o dinheiro do tráfico comprando carros de luxo, que posteriormente eram entregues como pagamento aos fornecedores da droga no Paraguai. Já que foram feitos levantamentos de vários carros que cruzaram a fronteira com o país e não retornaram.