A Polícia Civil realiza uma operação para fiscalizar o cumprimento das condições das prisões domiciliares em Santa Catarina. Os apenados fiscalizados haviam sido liberados do sistema prisional entre 16 de março e 17 de abril em razão da pandemia do novo coronavírus e possuem algum tipo de vínculo com organização criminosa.
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A operação é realizada pela polícia desde a última quarta-feira (6). Até a tarde de quinta-feira (07), foram fiscalizados 80 apenados em todo o estado com vínculo com organização criminosa. Em Joinville foram fiscalizados 22 apenados. Destes, nove estavam em casa, nove não estavam e quatro endereços não foram localizados.
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Em todo o estado de Santa Catarina, dos 80 apenados, 41 cumpriam as medidas estipuladas de prisão domiciliar. Já 39 apenados não foram encontrados pelos policiais civis nos endereços informados, ou seja, descumpriam as condições; o percentual equivale a 48,75% do total das fiscalizações realizadas. Destes 39, cinco deles já haviam sido presos novamente e um foi capturado pela equipe no momento da fiscalização por ter mandado de prisão em aberto.
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Em SC a ação policial envolve 28 Delegacias Regionais de Polícia pelo Estado. A iniciativa teve a atuação da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil e a colaboração dos setores de inteligência da Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP) e do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). A inteligência da Polícia Civil do Paraná auxiliou na fiscalização de um detento.
Ao fim da ação, a Polícia Civil informou que vai elaborar um relatório do trabalho e o encaminhará ao Judiciário (Vara de Execução Penal).
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Segundo o presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial e Delegado Geral da Polícia Civil, Paulo Koerich, o número surpreendeu a polícia.
– Sentimos a necessidade de efetuarmos a fiscalização para a verificação do cumprimento das medidas impostas pelo juízo respectivo. Para surpresa, quando da fiscalização dos endereços indicados pelos apenados, as equipes de policiais que realizaram a operação constataram que praticamente 50% deles não estavam cumprindo as determinações da prisão domiciliar. Ou seja, não estavam em suas residências, inclusive alguns já tendo sido presos pela prática de outros crimes. A Polícia Civil não pode furtar-se e irá agir em defesa da sociedade e principalmente no cumprimento da lei – destacou.
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