Um dos trabalhos que exigem mais atenção da polícia em Santa Catarina é o combate à produção e comércio de drogas sintéticas. A atividade ilegal vem se espalhando pelas regiões do estado nos últimos anos. Segundo a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), o objetivo principal consiste em cortar esse tipo de crime logo no início, antes do material chegar à produção.
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— Infelizmente, essa atividade cresceu em Santa Catarina, e há um incremento na época de verão devido a uma demanda maior por esse tipo de substância. Nós temos acompanhado dia após dia, intensificando as ações principalmente em cima dos fornecedores para esse tipo de produto — declarou o delegado Claudio Monteiro, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
Somente na Grande Florianópolis, ao longo de 2019, foram fechados três laboratórios de drogas sintéticas pelo setor, ligado à Deic. Uma das ocorrências mais marcantes aconteceu em setembro: duas pessoas foram presas durante uma operação da DRE para fechar um local de produção em Capoeiras, na região Continental de Florianópolis. A suspeita era de que os entorpecentes seriam enviados para o exterior.
Em um dos casos ocorridos ano passado na região, a polícia fechou um laboratório de drogas sintéticas em uma residência de Palhoça, em dezembro. Quatro pessoas foram presas em flagrante no local. Antes, no mês de julho, policiais civis da Deic fizeram a apreensão de cerca de 500 comprimidos de ecstasy na Vila Cachoeira, no bairro Saco Grande. Segundo a investigação, um rapaz de 29 anos era responsável por enviar os entorpecentes ao interior do estado.
Em janeiro deste ano, dois homens foram presos no bairro Aririú, em Palhoça. Além de mais de mil comprimidos de ecstasy, a Polícia Militar encontrou, cocaína, maconha e skank.
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— Não é incomum a apreensão de drogas "casadas". Por exemplo, no laboratório que estouramos em Capoeiras, apreendemos 56 kg de cocaína, que seria encaminhada para a Europa. Naturalmente, a cocaína e a maconha possuem outra origem. Já as drogas sintéticas são de mais fácil produção porque elas podem ser feitas em fundo de quintal — disse Monteiro, em entrevista ao Notícia na Manhã.
Ouça a entrevista com o delegado Claudio Monteiro, da DRE/Deic:
Laboratórios ilegais também são localizados fora do litoral de SC
As operações também estão desmantelando instalações utilizadas para esse tipo de ações criminosas em pontos não localizados no Litoral catarinense. Em fevereiro de 2019, uma chácara na zona rural de Rio dos Cedros escondeu um laboratório para desenvolver drogas sintéticas. Seis pessoas foram presas e o material apreendido, depois de processado, poderia render R$ 18 milhões à quadrilha.
O Vale do Itajaí também foi a região para um registro em julho do ano passado, quando a Policia Civil descobriu um local para produção de drogas sintéticas em Blumenau. Duas pessoas foram presas, e a operação apreendeu quase 5 mil comprimidos de ecstasy. Já no início de abril, um laboratório clandestino foi fechado em Criciúma, no Sul do estado, com um jovem preso em flagrante.
Dois casos são registrados durante o fim de semana na Grande Florianópolis
Durante o fim de semana, dois homens foram flagrados com quase mil comprimidos de ecstasy. A informação é do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Em um dos casos, em Biguaçu, no último sábado (15), os policiais abordaram uma pessoa que portava 458 comprimidos da droga sintética. O suspeito já responde a uma ação penal por tráfico de drogas na mesma cidade.
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Já o segundo flagrante ocorreu no domingo (16), de um homem com 520 comprimidos de ecstasy. Segundo o TJ, o suspeito possui condenações anteriores por roubo e direção sem habilitação. Os dois tiveram prisão preventiva decretada e deverão aguardar decisão judicial recolhidos ao presídio local.
A DRE-Deic conta com canais para denúncias e informações relacionadas ao tráfico de drogas, através do telefone (48) 3665-9500, no WhatsApp (48) 98844-0011 ou no disque-denúncia 181 da Polícia Civil. O anonimato é garantido.