A Polícia Civil procura pacientes que foram vítimas de um crime contra a saúde pública: um empresário da cidade de Caçador e dois funcionários dele foram presos, suspeitos de adulterar cilindros de oxigênio industrial para vendê-los para uso medicinal. Durante o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão na empresa do suspeito, foram apreendidos o material e embalagens com tinta verde, além de documentos como notas fiscais que comprovam a venda produto para finalidade medicinal. A hipótese mais forte é de que os cilindros eram pintados, segundo o delegado responsável pelo caso, Eduardo Mattos.

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A investigação aponta que a carga era entregue em hospitais não só de Caçador, mas de outros municípios do Meio-Oeste e Oeste de Santa Catarina. Inclusive, o empresário vendia oxigênio medicinal há 12 anos sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Amostras do produto foram examinadas por técnicos do Instituto Geral de Perícia (IGP). Segundo a polícia, foi encontrada oxidação interna, o que pode causar contaminação do gás e prejuízos à saúde dos pacientes. O delegado Eduardo Mattos diz que, após três meses de investigações, a polícia identificou possíveis vítimas do crime – um idoso teria morrido depois de usar o produto adulterado.

O empresário está preso preventivamente desde segunda-feira (26) no Presídio Regional de Caçador, enquanto os dois empregados estão detidos temporariamente na mesma unidade. A Polícia diz que os suspeitos teriam confirmado a comercialização do produto sem autorização, mas negaram ter feito adulterações. Eles podem responder por crimes como falsificação, adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, crimes contra o consumidor e até homicídio.

Foi encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) o processo do Ministério Público de Santa Catarina que investigou fraudes eleitorais na cidade de Ermo, no Sul de Santa Catarina. O caso ganhou repercussão após uma série de reportagens feita pela RBSTV com o apoio do Diário Catarinense. Ao todo, 29 cidades catarinenses apresentaram números suspeitos na relação de eleitores e habitantes. Ermo registrou a maior diferença, com quase mil eleitores a mais do que habitantes. Os casos de fraude eleitoral já são investigados pela Polícia Civil desde o começo do ano, resultando no indiciamento de 21 pessoas por crime eleitoral.

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