A Polícia Civil de Rio do Oeste apura desde a manhã desta segunda-feira a causa do acidente que tirou a vida de três homens – um deles trabalhava para desentupir uma tubulação – em uma granja de porcos na localidade conhecida como Ribeirão Jundiá, distante cerca de 30 Km do Centro da cidade. A delegada Elisabete Figueiredo abriu um inquérito policial para investigar a situação.
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::: Três homens morrem após desmaiarem e caírem em chiqueiro em Rio do Oeste
Acompanhada de técnicos do Instituto Geral de Perícias (IGP) e representantes da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), a responsável pela investigação visitou a propriedade nesta segunda-feira. O primeiro passo é tentar entender exatamente o que ocorreu no local. Para isso, deve ouvir os trabalhadores da granja e pessoas que trabalham com criação de porcos. De acordo com ela, a propriedade estava em dia com as licenças estaduais.
– Entendemos que o local estava entupido e ao manusearem para desentupir voltaram alguns gases que fizeram com que eles desmaiassem – analisa a delegada.
De acordo com ela, o projeto da granja prevê dois galpões para a criação dos porcos. Na primeira etapa os dejetos são coletados e posteriormente encaminhados para a decantação em uma esterqueira – uma espécie de lagoa – onde transformam-se em adubo.
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– É difícil entender como as três pessoas caíram no local que estava apenas 1,20 metro coberto com dejetos – diz.
Os irmãos Fernando e Emerson Schell – de 27 e 19 anos, respectivamente – e o amigo Cesar Hoegen, 34, morreram na noite de domingo após inalarem gases tóxicos e caírem em um fosso utilizado como depósito de esterco. Fernando deixou a esposa e um filho de quatro anos.
Sepultamento ocorreu nesta tarde
Os corpos dos irmãos foram velados e enterrados na localidade conhecida como Toca Grande 1. Cesar Hoegen foi velado na Capela São José. Os irmãos trabalhavam na propriedade da família, nas proximidades da divisa com o Taió. Além da criação de porcos, a família também planta fumo e dedica-se a uma lagoa de peixes.
A coordenadora de uma rádio local, Judite Moser Pisetta, conta que a cidade de pouco mais de 7 mil habitantes está de luto nesta segunda-feira:
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– Só se comenta isso na cidade. Estamos todos muito abalados – disse.
Os corpos dos três homens foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML) de Rio do Sul nesta segunda-feira de manhã e, de acordo com a Polícia Civil, a causa da morte foi asfixia por soterramento. A esposa de Fernando, Rosiane Mathias Hoegen, 24, também foi vítima dos gases tóxicos, mas foi resgatada a tempo.