A morte de dois homens em São Francisco do Sul, no fim de semana, está colocando a Polícia Civil da cidade diante de uma investigação que envolve negócios suspeitos, mulheres e vingança.
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No começo da madrugada de sábado, três homens invadiram uma boate no bairro Rocio Grande com um objetivo claro: executar o dono do estabelecimento, Fabrício Salazar da Silveira, de 31 anos. Antes de ser assassinado com vários tiros, ele reagiu. O resultado: dois homens mortos, um gravemente ferido, e uma guerra declarada na noite de São Francisco do Sul.
Fabrício e Edenilson Silveira Lipinski, de 18 anos, (que estaria com o grupo de invasores) acabaram mortos. Um rapaz identificado como Wellinton Cardoso, que a polícia acredita fazer parte do grupo que tentava matar o dono da boate, foi ferido a tiros e está internado no Hospital São José, em Joinville.
Segundo o delegado Ivan Brand, o que ocorreu no fim de semana foi uma tentativa de vingança por um outro homicídio ocorrido na cidade há alguns dias e o acerto de contas por “negócios mal resolvidos” da diversão envolvendo mulheres na noite da ilha.
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– O fato está ligado a outro homicídio que ocorreu recentemente na região. Existiam divergências e negócios mal resolvidos entre os dois. A partir de agora, todos vão começar a contar melhor o que está acontecendo – disse o delegado, que está à frente da investigação e espera novos fatos no começo desta semana.
Um dos depoimentos mais importantes é o de Wellinton Cardoso, que deve ser tomado assim que ele se recuperar dos ferimentos provocados no tiroteio.
A ação
Era por volta de 1 hora de sábado quando os três homens desceram do carro, um Gol com pladas de Palhoça, e invadiram a boate. Eles teriam atirado contra os frequentadores da casa noturna. O tiroteio e a correria durou alguns segundos.
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O corpo de um dos invasores foi encontrado ainda com vida, dentro do carro. Mas ele não resistiu. Os outros dois conseguiram fugir. A Polícia Civil de São Francisco de Sul encontrou 18 balas de revólver calibre 38 do lado de fora da boate, porém, a quantidade de tiros que cada vítima recebeu só será confirmada após exame do Instituto Geral de Perícias.
A polícia chegou a ouvir uma testemunha que disse ter visto dois homens fugirem correndo do local, mas ninguém foi preso até o fim da tarde de domingo.