Uma investigação que apura desvios em pagamentos de empresas conveniadas com a Celesc resultou no cumprimento de três mandados de prisão temporária e outros 20 de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (2) em Santa Catarina. As prisões ocorrem em Florianópolis, Balneário Camboriú e Curitiba (PR).

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Dois mandados de busca estão sendo cumpridos na Capital catarinense, dois em São José, sete em Balneário Camboriú, três em Itajaí, um em Itapema, um em Bombinhas, três em Curitiba (PR) e um em São José dos Pinhais (PR).

Os desvios teriam ocorrido entre 2009 e 2017, resultado em aproximadamente R$ 17 milhões em prejuízo à estatal catarinense, conforme a Polícia Civil. Estão sendo investigados os crimes de peculato eletrônico, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Além dos mandados, cumpridos pela Diretoria de Investigações Criminais (DIC), a ação prevê também o bloqueio de ativos financeiros das pessoas físicas e jurídicas investigadas, sequestro e indisponibilidade de 23 veículos, entre eles uma Lamborguini, um Camaro e uma Land Rover, 24 imóveis, alguns de alto padrão, além do sequestro de cinco empresas.

“Além da apuração dos crimes de peculato eletrônico e associação criminosa, a investigação concentrou os esforços no sentido de identificar o caminho do dinheiro desviado e o patrimônio dos investigados, a fim de responsabiliza-los pelo crime de lavagem de dinheiro, mas, sobretudo, para garantir o ressarcimento da vítima, que na prática, é toda a sociedade catarinense, uma vez que os valores subtraídos poderiam ter sido empregados em ampliação e melhorias da rede”, afirmou a Polícia Civil por meio de nota.

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Valores eram alterados manualmente

As investigações teriam apontado que um funcionário responsável pelo controle dos pagamentos de convênios alterava, manualmente, os lançamentos de repasses do sistema comercial da Celesc, para um valor superior, beneficiando a empresa investigada, segundo a polícia. Ao todo, 136 alterações teriam sido feitas, resultando em R$ 17 milhões.

Conforme a Polícia Civil, determinados serviços prestados por essas empresas à Celesc são cobrados e arrecadados por meio da fatura de energia elétrica. Os valores eram repassados mensalmente às empresas, com desconto das taxas contratuais.

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