A Delegacia de Homicídios da Capital indiciou Vagner Ludtke Eichholz, de 30 anos, por participação na morte de Neusa Viana, 48. Ele já estava preso em Itajaí por outros crimes, como porte de arma e posse de drogas. A mulher era gerente de um hotel no bairro Ingleses e foi assassinada dentro de seu carro com 10 tiros no dia 11 de janeiro. A principal pista para elucidação do caso veio de uma fonte anônima que, mesmo de madrugada e sob chuva intensa, anotou a placa do carro onde estavam os assassinos.
Continua depois da publicidade
Segundo o delegado responsável pelo caso, Ênio de Oliveira Matos, Vagner estava dentro do Renault Duster prata clonado onde estavam os assassinos de Neusa. A polícia suspeita que os bandidos já conheciam a rotina da vítima e estavam atrás de dinheiro.
– Eles achavam que a vítima levava o dinheiro do hotel que trabalhava para sua casa. Ela não tinha nada e reagiu. Os bandidos, provavelmente sob efeito de entorpecentes, descarregaram uma pistola inteira nela – disse o delegado.
Apesar da suspeita de tentativa de latrocínio, Vagner foi indiciado por homicídio duplamente qualificado – por motivo fútil e impedimento de defesa da vítima.
Continua depois da publicidade
A filha de Neusa, Lana Lizy Viana, afirma que o indiciado era vizinho e já tinha fama de criminoso no bairro. O delegado afirma que Vagner fazia parte de uma gangue de criminosos que atuava no roubo de carros, residências e tráfico de drogas no Norte da Ilha.
– Foi um choque descobrir que era uma pessoa que frequentava a mesma padaria, mesma escola e vários lugares que minha família vai – disse a filha da vítima.
Vagner, que é de Pelotas (RS), tentou se esconder em um hotel às margens da BR-101 após o homicídio, mas no dia 24 de fevereiro foi preso em flagrante com petecas de cocaína, pistola calibre 40 e munição. Desde então ele está preso em Itajaí.
Continua depois da publicidade
A polícia continua a investigação para descobrir quem estava junto de Vagner no carro.
Contraponto
Em depoimento,Vagner Ludtke Eichholz negou qualquer envolvimento no crime. Segundo os agentes da Polícia Civil, ele não apresentou advogado para defendê-lo neste crime.