A Delegacia de Homicídios de Florianópolis divulgou na tarde deste sábado (22) o nome e três fotos do suspeito de assassinar a transexual Jennifer Celia Henrique no dia 10 de março, nos Ingleses. O jovem se chama Dik Greison Isidoro da Silva, tem 22 anos, é natural de Criciúma, e à época do crime se encontrava como morador de rua na Capital catarinense.

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Jenni, como era conhecida, tinha 37 anos. Ela foi morta a pauladas dentro de um prédio em construção no final da servidão Paraíso dos Ingleses. O delegado Eduardo Matos, responsável pelas investigações, garante ter todos os elementos de autoria para comprovar a participação do suspeito, mas ainda não informou o motivo do crime.

— Nós ouvimos várias testemunhas e juntamos com imagens de câmaras de videomonitoramento até chegarmos a esse suspeito — informou apenas.

Matos não descartou crime de homofobia. No entanto, informou que a morte não tem relação com dois boletins de ocorrência que Jenni registrou relatando agressões e ameaças. O suspeito está com prisão temporária decretada pela Justiça desde 14 de abril.

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A investigação descartou a participação de dois homens na cena do crime, apesar de terem sido encontrados dois pedaços de pau sujos de sangue no local do homicídio. Mais detalhes sobre o assassinato serão divulgados nesta segunda-feira em coletiva de imprensa.

A polícia pede que denúncias sejam feitas pelos fones (48) 3251-5200, (41) 995203535, (51) 984187814 ou nos números de emergências 190 (PM), 181 (Disque Denúncia), 191 (PRF) e 198 (BPMRv)

Quem era Jenni

Nas redes sociais, onde a morte teve grande repercussão, amigos e familiares da vítima afirmam que o homicídio teve motivações preconceituosas, intolerantes e de transfobia. Jennifer, conhecida por todos no Norte da Ilha como Jenny, tinha em seu RG o nome de João Geraldo Henrique, 37 anos. Ela tinha forte atuação em movimentos de causas de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT), além de ser muito conhecida nas regiões dos Ingleses e Santinho, onde morava com seus pais. Jenny trabalhava como revendedora de uma marca de cosméticos.

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