A Polícia Civil busca pelo homem que estuprou uma jovem em Pomerode. O abuso ocorreu na noite do último domingo, quando a mulher de 24 anos voltava para casa. Ela estava a cerca de 200 metros de chegar na residência onde mora com os pais e as irmãs, quando foi surpreendida pelo criminoso.

Continua depois da publicidade

Quem cuida do caso é o delegado Rodrigo Marchetti. Ele diz não ser possível revelar muitos detalhes das investigações, mas garante que equipes estão nas ruas desde segunda-feira em busca de pistas que levem ao autor do estupro. Marchetti tem em mãos os exames que comprovam o abuso e que irão ajudar na confirmação da identidade do homem. Em uma rede social, a vítima relatou o horror do crime.

A jovem recebeu o primeiro atendimento médico no Hospital Rio do Testo, em Pomerode, e tomou as medicações contra doenças sexualmente transmissíveis. Depois foi encaminhada ao Hospital Santo Antônio, em Blumenau, onde passaria por exames com o médico legista. Após aguardar por quatro horas pela chegada do profissional, desistiu de esperar e foi para casa.

Instituto Geral de Perícias reconhece a demora

Ralf Klotz, gerente do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Blumenau, reconhece a demora no atendimento à vítima. Ele conta que na data do ocorrido, o médico legista trabalhava em uma ocorrência de acidente de trânsito. Quando chegou ao hospital, a vítima já havia deixado o local. À tarde, no mesmo dia, ela fez os exames na sede do IGP.

Atualmente o instituto conta com dois médicos legistas para atender acidentes de trânsito, homicídios e crimes sexuais, não só de Blumenau, mas de outros 11 municípios da região. Um deles está de férias e retorna na próxima semana. Klotz admite que para prestar um atendimento adequado à comunidade seriam necessários ao menos quatro profissionais.

Continua depois da publicidade

Apesar dos problemas apontados pela mulher na assistência posterior ao crime, ela reforça a importância de buscar ajuda:

"Agora, depois de ter descansado um pouco, ainda em choque, estou entendendo porque muitas mulheres se calam diante de uma situação dessas: o descaso que tratam uma pessoa que acabou de sofrer um trauma. Lembrando que o coquetel que é tomado depois é superimportante, assim como os exames recorrentes de DSTs, e isso muitas mulheres deixam de fazer", escreveu a vítima.