A Polícia Civil investiga a morte de Nilton da Silva, 51 anos, atingido por tiros quando voltava do trabalho de bicicleta. O crime ocorreu terça-feira à noite na altura do km 36 da BR-470. A Polícia Rodoviária Federal e o Corpo de Bombeiros foram chamados para atender à ocorrência. Num primeiro momento, o caso foi tratado como atropelamento. Ao ser encaminhado ao Instituto Médico Legal de Blumenau, os peritos chegaram à conclusão de que Silva teria morrido com cinco tiros: nas pernas, nas costas e no abdome.
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Silva trabalhava há seis meses com frutas e verduras no mercado Goedert, no bairro Margem Esquerda. Antes desse emprego, trabalhou como frentista no Posto Juninho às margens da BR-470. Para o supervisor dele no mercado, Ronaldo, que foi ao local para reconhecer a vítima, não havia motivos para ocorrer este tipo de crime pelo perfil de trabalhador que a vítima tinha:
_ Ele era um exemplo de funcionário. Não faltava e mesmo com a deficiência no braço que tinha, fazia o que duas pessoas juntas não conseguiriam fazer. Sempre falava da filhinha de dois anos. Era o amor dele.
Os familiares também tentam entender o motivo pelo qual Silva foi morto. No velório, na Capela Mortuária Santa Terezinha, amigos, colegas de trabalho e parentes se questionavam e consolavam os cinco filhos de Silva. Uma das cunhadas, Janete de Oliveira Silveira, conta que a mulher dele, Ivonete de Oliveira Silveira, desconfiou do atraso para chegar em casa. Segundo ela, Silva saía sempre do trabalho por volta das 21h15min e ia de bicicleta para casa, às margens da BR-470. Na terça-feira, após a confirmação da morte, a esposa só ficou sabendo horas depois que ele não havia sido atropelado e sim morto a tiros. O morador do bairro Margem Esquerda deixou cinco filhos, três enteados e a esposa.
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_ Até agora não entendemos. Todo mundo conhecia ele no bairro e não tinha inimigos. Não levaram nada dele, nem o celular nem a pasta que carregava na cintura com os documentos _ disse Janete.
O delegado responsável pelo caso, Egídio Maciel Ferrari, afirmou que no local do crime não havia vestígios, apenas a bicicleta, os documentos e o celular de Nilton. Segundo ele, serão ouvidos familiares, bombeiros e policiais que atenderam à ocorrência.
_ Estamos fazendo um trabalho preliminar. Não descartamos nenhuma hipótese _ concluiu o delegado.
Esse foi o primeiro homicídio do ano registrado em Gaspar. O corpo de Nilton da Silva foi enterrado às 17h de ontem no Cemitério Municipal de Gaspar.