A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar um golpe sofrido por turistas gaúchos em SC. O grupo saiu do Rio Grande do Sul para passar a virada no ano em uma pousada em Itapema, mas quando chegaram ao local encontraram o imóvel ainda em construção. Eles perderam R$ 33,9 mil.

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Itajaí e região por WhatsApp

A polícia já começou identificar e ouvir vítimas e testemunhas, além de coletar documentos que possam auxiliar na apuração do caso. O delegado Ícaro Malveira, responsável pelo caso, reforça que há cuidados que devem ser tomados ao fazer a locação com antecedência.

— Nesta época do ano, os estelionatários se aproveitam da alta demanda e o número de golpes aumenta. Por isso, é preciso redobrar a atenção antes de fechar o negócio — destacou.

O investigador ainda acrescentou que, entre as principais dicas para aumentar a segurança está a procura por imobiliárias e corretores de imóveis credenciados. Os anúncios que aparecem aleatoriamente em redes sociais, por exemplo, merecem desconfiança.

Continua depois da publicidade

—O ideal é que as pessoas acessem sites e aplicativos confiáveis e não recorram aos links de publicidade — acrescenta.

Relembre o caso

Os 68 turistas encontraram a pousada que reservaram em Itapema por R$ 33,9 mil. O contrato de locação previa estadia de 28 de dezembro e 1º de janeiro. O documento, datado de março deste ano, especifica que o espaço alugado para dezembro estava em construção, no entanto, também garante suítes e refeitórios habitáveis, já com móveis e eletrodomésticos, como frigobar e ar-condicionado, e utensílios, incluindo louças.

De acordo com Laís Leichtweis, filha dos organizadores da excursão, antes do grupo sair para a viagem, a proprietária disse a eles que apenas dois banheiros sociais estariam inacabados, e que eles estariam fechados.

Em vídeo gravado pelo grupo, no entanto, é possível ver paredes ainda sem reboco, chão sem piso, encanamentos e fios de energia à mostra, materiais de obra, madeiras e tijolos espalhados no interior do prédio e camas empilhadas.

Continua depois da publicidade

A Polícia Militar foi acionada e um boletim de ocorrência foi registrado. O Procon também foi procurado e, embora não tenha competência jurídica para agir no caso, orientou os turistas a entrar com uma ação judicial para reaver o valor corrigido.

Procurada no dia 28, a proprietária informou à reportagem, através de aplicativo de mensagem, que o grupo permanecia na cidade, porém em outro local, o que não foi confirmado pelos turistas. Disse, também, que “a pousada existe e está aqui”.

O grupo, para não ter de voltar para casa e viajar 600 quilômetros antes da hora, conseguiu uma hospedagem em Garopaba.

Leia também

Investimento milionário vai garantir projetos de duplicação da BR-470 de Indaial e Campos Novos

Continua depois da publicidade