De acordo com o jornal chileno La Tercera, a polícia local investiga se houve negligência por parte dos agentes que atenderam as ligações da família brasileira que morreu em um apartamento em Santiago. O chefe dos Carabineros, general Mauricio Rodríguez, afirmou à publicação, nesta sexta-feira (24), que a família entrou em contato duas vezes com as autoridades locais para pedir socorro.

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Rodríguez disse que, na primeira ligação, o policial designado para atender a ocorrência não encontrou o endereço e retornou sem dar auxílio à família. Na sequência, os brasileiros voltaram a ligar para pedir ajuda. Uma outra equipe foi deslocada e conseguiu achar o local, onde os turistas já estavam mortos.

— Os Carabineros estão revisando permanentemente os procedimentos que adotam. Houve uma ligação prévia, quando foi disponibilizada uma viatura ao endereço. Lamentavelmente, o oficial que ficou responsável não encontrou o endereço. Posteriormente, houve outra ligação, os agentes foram deslocados e encontraram o apartamento — afirmou Rodríguez ao jornal.

Quando os policiais chegaram ao apartamento, encontraram os corpos dos seis brasileiros. As investigações apontam a possibilidade de que eles tenham morrido depois de inalar monóxido de carbono, um gás inodoro e que pode ser letal, se estiver em alta concentração.

O general também disse que enviou todo o material disponível ao Ministério Público, para que seja feita uma apuração sobre a atuação dos policiais envolvidos no caso.

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— Todos os antecedentes foram colocados à disposição do Ministério Público e desde o ponto de vista interno estão sendo feitas indagações administrativas, com a finalidade de estabelecer se houve negligência ou inatividade por parte do oficial que recebeu a demanda — disse Rodríguez.

Corpos liberados

O Serviço Médico Legal do Chile liberou os corpos dos seis brasileiros nesta sexta-feira para que seja feito o traslado ao Brasil. No entanto, será preciso que algum parente da família se desloque até o país para realizar o reconhecimento dos cadáveres.

Em nota, a empresa AirBnb, responsável pela locação do imóvel onde a família morreu, informou que irá pagar todas as despesas da família para repatriar os corpos. Os familiares restantes chegaram a fazer uma vaquinha na internet para arrecadar recursos para a viagem, mas com a decisão da companhia, eles desistiram de resgatar o valor. Com isso, quem contribuiu poderá pegar a quantia de volta ou encaminhá-la a instituições de caridade.

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