Policiais civis da Grande Florianópolis atuam em conjunto para buscar provas e incriminar os suspeitos pelo triplo homicídio na Guarda do Embaú, em Palhoça.
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O principal deles é um traficante local que está sumido com medo de ser morto por comparsas das vítimas, que eram moradoras do Morro do Horácio, em Florianópolis.
Com 28 anos, o suspeito seria patrão do tráfico de drogas na Ponte do Imaruim, em Palhoça, mas atualmente não é procurado pela Justiça.
A polícia obteve a informação que, supostamente, atraiu os jovens à praia da Pinheira, na semana passada, com a intenção de armar uma isca para roubar R$ 10 mil de Júlio Cesar Thibes, 25 anos, que estava com Augusto Moreira das Chagas, 22, e Gabriel de Oliveira, 15 anos, este filho do traficante Rodrigo da Pedra.
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Os policiais estão tomando depoimentos e juntando provas contra o principal suspeito, mas não descartam outros investigados. O segundo suspeito é morador do Morro do Macaco, vizinho ao Horácio.
Além da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Palhoça, a tentativa de esclarecer as mortes conta com apoio dos policiais da Divisão de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Capital.
– A mulher de um dos mortos contou que ele (suspeito) chamou os três à Palhoça para vender um terreno. Era história para roubá-los e depois disso sumiu de casa e ainda botou advogados para negociar a rendição. Quer mais evidência que isso para se incriminar? – disse um experiente delegado que acompanha a investigação convicto que a polícia esclarecerá as mortes rapidamente.
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Há policiais que acreditam ser real a oferta do terreno lançada pelo suspeito aos jovens como emboscada. Outro grupo de agentes teve a informação que na verdade os três mortos iriam negociar armas ou drogas em Palhoça.
A certeza da polícia é que mais de uma pessoa participou do triplo homicídio. Os tiros teriam sido de pistola 9 milímetros.
Julio, Augusto e Gabriel foram de carro a Palhoça no dia 29 do mês passado e não retornaram. O veículo foi encontrado jogado num rio um dia depois.
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Na terça-feira, a Polícia Militar encontrou os corpos dos três enterrados nas dunas do acesso principal à praia da Guarda do Embaú, com tiros na cabeça e na nuca, sinais claros de que foram executados.
Caçada é feita por criminosos
Além da investigação sobre as mortes, a polícia apura movimentação de grupo de traficantes e criminosos da região que estaria caçando o principal suspeito e os seus familiares para matá-los como forma de vingança.
– Soubemos que saiu um bonde com 20 homens armados em busca do suspeito. Infelizmente são grandes as chances de essas mortes desencadearem sequência de homicídios na Grande Florianópolis – alertou um delegado ouvido pelo DC.
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O clima de revolta também está evidente nas redes sociais, em que conhecidos das vítimas lançaram intimidações e até ameaças em represália aos crimes.