A Polícia Civil irá investigar o assalto a ônibus ocorrido nesta quarta-feira (24), na BR-101, em Araquari. De acordo com o delegado Tiago Escudero, responsável pela delegacia da cidade, a investigação será conduzida na unidade policial, mas os suspeitos ainda não foram identificados. O crime aconteceu por volta das 18 horas.

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O coletivo saiu de Criciúma, na região Sul do Estado, e seguia para São Paulo, onde os passageiros realizariam compras em estabelecimentos da região. No meio do trajeto, em Araquari, suspeitos armados surpreenderam o motorista e anunciaram o assalto.

Testemunhas relataram aos policiais que três assaltantes abordaram o ônibus, perto do quilômetro 63 da rodovia, por volta das 18h30. Pelo menos cinco disparos foram efetuados para que o coletivo parasse, os suspeitos entrassem e realizassem o assalto. Uma mulher foi atingida pelos estilhados de uma janela que se quebrou com os tiros.

Ela foi encaminhada ao hospital com lesões leves e passa bem. Os assaltantes fugiram em um carro branco e o motorista do ônibus seguiu até a base da Autopista, no quilômetro 46 da BR-101. As testemunhas ainda informaram a PRF que os homens usavam coletes e levaram o dinheiro dos passageiros. Depois da parada na concessionária, os passageiros retornaram à Criciúma no mesmo veículo.

Monitoramento

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os ônibus que transportam comerciantes costumam ser mais visados por criminosos, uma vez que os ocupantes portam dinheiro vivo. Porém a PRF não tem subsídios para realizar um serviço particular de segurança. No ônibus assaltado no Norte de Santa Catarina, todos os 22 passageiros eram lojistas.

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A proprietária da empresa de turismo que realizava o serviço de transporte, Fábia Thamilla Oliveira, destacou em entrevista à NSC que, em Joinville o ônibus ia passar a ser escoltado até São Paulo por uma equipe de segurança particular, contratada pela empresa. No entanto, o assalto aconteceu cerca de 40 minutos antes da parada prevista na BR-101. A ação durou no máximo 10 minutos.

Agora, para fugir de novas ocorrências – esta é a segunda enfrentada pela companhia – a empresária planeja antecipar a escolta dos ônibus.

— O jeito vai ser começar a sair de Florianópolis, e, daqui a pouco, a sair de Tubarão ou do nosso pátio, em Criciúma, porque nenhuma empresa de turismo tem segurança nas estradas — desabafa.