A prisão de um rapaz suspeito de ter envolvimento no assassinato de um casal de idosos no Bairro Paranaguamirim, em Joinville, na madrugada da última quinta-feira, ainda não encerra o caso.
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Apresentado à imprensa na Central de Polícia no Bairro Boa Vista, na tarde desta terça-feira, Maicon Francisco Andrade, 18 anos, não confessou nem negou as acusações. Visivelmente nervoso e chorando em alguns momentos, Maicon negou ter agido com a ajuda de outra pessoa. Apenas afirmou que “não tinha mais ninguém” com ele no local do crime.
Ao ser detido em casa, no Bairro Costa e Silva, Maicon confirmou, segundo a Polícia Civil, que invadiu a casa dos idosos apenas para roubar. Só que também afirmou ter agido sozinho e não revelou detalhes da ação.
O que o teria levado a esfaquear Maria José Vieira de Oliveira, 69 anos, e Miguel de Sousa Oliveira, 67, ainda é um ponto de interrogação. Uma das filhas do casal, Rosilei Vieira Oliveira, 34, que sofre de um transtorno psiquiátrico, também foi agredida, mas sobreviveu e permanece internada no Hospital Municipal São José.
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Como a análise pericial da cena do crime indicou que mais de uma pessoa deve ter participado das agressões à família, os investigadores não estão convencidos de que o rapaz agiu sozinho. A desconfiança leva em conta que, mesmo usando uma faca, o suspeito teria dificuldades para render o casal e a filha deles sozinho porque é baixo e franzino.
– Apesar do que ele disse, vamos seguir investigando se há mais pessoas envolvidas – diz o delegado responsável pelo caso, Paulo Campos dos Santos, que acredita tratar-se de um latrocínio.
Um par de brincos, dois relógios, dois celulares e pouco mais de R$ 60 teriam sido levados do casal. Denúncias anônimas foram decisivas para a polícia chegar até o suspeito.
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– Recebemos diversas denúncias contra ele. E como o suspeito já havia morado por um tempo perto do local do crime, é provável que conhecesse as vítimas. Ele confirmou que usou a faca encontrada no local do crime – diz o delegado.
Na quinta, enquanto avaliava o local do crime, a polícia havia localizado apenas o cabo de uma faca. A lâmina foi encontrada dias depois.
Como a prisão é temporária e só vale por 30 dias, a Divisão de Homicídios buscará levar novas provas à Justiça para convertê-la em prisão preventiva, que não tem prazo definido. No último dia 17, o suspeito já havia sido preso em flagrante por circular em um carro com registro de furto em Palhoça.
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Autuado por receptação, ganhou o direito de responder ao processo em liberdade. Conforme informou o delegado Paulo Campos dos Santos, o rapaz é usuário de crack e ainda tem passagens criminais por ocorrências registradas contra ele na adolescência.