Uma semana depois da condenação de Everaldo Rosa Nunes, o Lalau, Jeferson Nunes e Rogério Vas da Silva, policiais da Delegacia de Investigações Criminais de Palhoça apreenderam Juliano Dias dos Santos, 19 anos, no Bairro Bela Vista, em Palhoça.
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O rapaz era o único foragido entre as seis pessoas que teriam se envolvido no crime que tirou a golpes de pé de cabra as vidas do pedreiro Gelson Aparecido de Souza e os dois filhos de 9 e 5 anos, em janeiro de 2012, em um galpão no Bairro Bela Vista, em Palhoça.
Juliano tinha 17 anos e foi internado em fevereiro do ano passado no Casep de Joaçaba, de onde fugiu ainda no primeiro mês após uma briga com outro menor com participação no homicídio.
Júri
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A acusação, representada pelo promotor Alexandre Carrinho Muniz, sustentou a participação dos três réus no crime, além dos adolescentes.
Durante o tribunal do júri, na semana passada, os advogados de defesa alegavam que Juliano, que confessou o crime em audiência na Vara da Infância e Juventude, seria peça importante para esclarecer o que houve na manhã do crime. Ele foi contratado por Gelson quatro dias antes do assassinato e não seria conhecido por nenhum dos acusados. Para a defesa, não havia provas técnicas no processo que colocavam os três, agora condenados. A tese é que Juliano seria o único autor.
No inquérito policial, baseado nas confissões dos adolescentes e de Rogério, Juliano teria sido contratado por Jeferson Nunes por R$ 100,00 para preparar o local antes da chegada do grupo _ Everaldo, Jeferson, Rogério e mais dois adolescentes _ que assassinaria Gelson.
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Causa do crime
O crime teria sido motivado por uma câmera de segurança instalada na residência do pedreiro quatro meses antes do incidente no galpão do Bairro Bela Vista. Everaldo, vizinho de Gelson e traficante na região de São José, não teria gostado da instalação do aparelho.
Lalau pegou 76 anos e 7 meses de prisão, Jeferson Nunes, seu sobrinho, terá de cumprir 64 anos e 5 meses e Rogério recebeu a pena de 71 anos e 4 meses. A sentença foi proferida pela juíza Carolina Ranzolin Nerbass Fretta.
Juliano Dias foi levado nesta quinta-feira para a DPCAMI de Palhoça, onde aguarda os encaminhamentos judiciais. Como não completou 21 anos, o rapaz ainda cumpriria o restante da medida socioeducativa no mesmo regime, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente.
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