O radialista e comunicador Osman Lincoln Zattar de Oliveira foi detido pela Polícia Militar na tarde de quinta-feira em uma blitz na rua Morro do Ouro, perto da Arena Joinville, na zona Sul de Joinville.
Continua depois da publicidade
Ele vai responder uma ação penal pelo crime previsto no artigo 306 do Código de Trânsito, que é dirigir com a capacidade psicomotora alterada por causa da influência de álcool ou de outra substância.
:: Leia as últimas notícias sobre Joinville e região no AN.com.br
Segundo a PM, ele estava com visíveis sinais de embriaguez e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ele teve o carro apreendido e foi conduzido à Central de Polícia, da Polícia Civil, no bairro Boa Vista.
A abordagem dos policiais e parte da ocorrência, inclusive na delegacia da Polícia Civil, foram gravadas em vídeo, que circulou na internet e pelo aplicativo Whatsapp.
Continua depois da publicidade
Na abordagem, o comunicador pergunta aos policiais se vai ser preso e admite que fez besteira. Por telefone, na manhã desta sexta-feira, em casa, ele disse à reportagem de A Notícia, que consumiu duas latas de cerveja.
Ainda na noite de quinta-feira, na Polícia Civil, ele foi comunicado que irá responder pelo crime de dirigir sob efeito de álcool. O comunicador pagou fiança e foi liberado da prisão em flagrante. O valor da fiança não foi informado pela Polícia Civil.
“Tomei duas latas de cerveja”, diz Osman
Por telefone, na manhã de hoje, o comunicador conversou com o jornal A Notícia. Confira:
AN – O que houve ontem, Osman, quando você foi detido?
Osman Lincoln – Nem se pode chamar de detenção. Eu saí de uma reunião de trabalho. Logo depois da ponte Mauro Moura tinha uma fila. Estávamos, todos os motoristas, a menos de 5km/h. Todo mundo passando, passando, passando. Quando passou minha camionete, mandaram encostar.
AN – E aí?
Osman Lincoln – Eu sou um cara visado por fazer televisão, rádio. Me perguntaram se eu bebi e eu falei que sim. Tomei duas latas de cerveja. Eu não estava embriagado. Estava na minha condição normal. Eu ia para casa jantar. E deu no que deu. Tive que ir na delegacia prestar depoimento.
Continua depois da publicidade
AN – Você já teve outro caso assim…
Osman Lincoln – Já teve, sim. Eram os mesmos policiais. Eu sei que isso vai acontecer sempre que eu dirigir. Então eu coloquei na minha cabeça que vou contratar um motorista, vou andar de táxi. Não dirijo mais. Sou um trabalhador. Trabalho de domingo a domingo. Acordo todo dia às 5 horas da manhã. Acho que tem coisa mais importante para eles fazerem.
AN – Mas você bebeu.
Osman Lincoln _ Não foi… Não foi, por exemplo, quando você cai numa blitz e está bêbado. Eu vinha na condição normal, de todo mundo, seguindo a fila. Fui escolhido a dedo. Viram minha camionete e mandaram encostar. Os outros todos passaram. É uma hipocrisia muito grande. Poxa vida! Eu tomei duas latas de cerveja. Por que não se faz uma blitz no stammtisch em Pirabeiraba? Na Oktoberfest, em Blumenau? No Mercado Municipal, todo sábado, que todo mundo vai tomar cerveja lá, caipirinha?
AN – E agora?
Osman Lincoln – Naturalmente, vai vir uma multa. Não tive a carteira recolhida. Fui liberado. Fui pra casa. Jantei em casa. Só que tem a incomodação, minha mãe está triste, eu fiquei triste, meus amigos ficaram tristes, está no Facebook, você está me ligando…