Uma perícia nas imagens do estupro cometido contra a adolescente de 16 anos no Rio, no dia 21 de maio, concluiu que havia ao menos quatro homens no momento do crime. A constatação da polícia foi feita a partir de vozes masculinas identificadas no áudio da gravação. Investigadores apuram se outras pessoas estiveram no ataque à jovem.

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Os participantes do estupro seriam o lutador Raí de Souza, 22 anos, já preso, que diz ter feito sexo consentido com a jovem; o dono de lava a jato Raphael Duarte Bello, 41, também preso, que fez “selfie” ao lado do corpo nu da vítima e a teria manipulado; e o traficante conhecido como Jefinho ou Perninha, foragido. A polícia suspeita de que o quarto seja o traficante Moisés Lucena, o Canário, reconhecido pela jovem como o homem que a segurou durante o ataque.

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Os foragidos Michel Brasil da Silva e Marcelo Miranda da Cruz Correa são acusados de terem divulgado o vídeo da menina desacordada nas redes sociais. Eles não moram no morro e não teriam participado do estupro. Também está foragido o traficante Sérgio Luiz da Silva Júnior, o Da Russa, que controla a venda de drogas na favela.

Para o promotor Marcio Nobre, que acompanha o inquérito, o caso está “praticamente concluído”. Ele disse não acreditar que seja difícil individualizar a conduta de cada um, como se supunha, dada a possibilidade de haver muitas pessoas na cena do crime, e espera apresentar a denúncia formal à Justiça nas próximas três semanas.

— É possível que não tenham sido 33, mas não descarto haver mais gente. Provavelmente, isso vai ser objeto de novas investigações — disse Nobre, da Promotoria de Investigação Penal.

Cerca de 2,7 mil perfis no Facebook estão sendo monitorados por suposta ligação com o compartilhamento do material.

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