A Polícia Civil de Santa Catarina estuda a possibilidade de pedir exame de insanidade mental do autor do ataque a creche de Blumenau, no Vale do Itajaí, que terminou com a morte de quatro crianças. O caso ocorreu na quarta-feira (5), e o assassino está preso preventivamente no Presídio Regional do município.

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Conforme o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, a equipe de investigação finalizou a análise do celular do homem, que foi apreendido no dia do crime. Ele explica que não foram encontrados indícios que apontassem para outros envolvidos, o que mantém a tese inicial de que ele agiu sozinho e de maneira isolada.

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O pedido de incidente de insanidade mental está previsto nos artigos 149 a 154 do Código Penal e ocorre quando há dúvida sobre a saúde mental da pessoa e se, na época dos atos, ele era ou não inimputável. Caso fique comprovada a doença, o processo é suspenso

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A Polícia Civil já tinha afirmado esta semana que o homem estava em surto paranoico no momento do ataque.

— Tem indícios de ser psicopata e estava em surto paranoico. E como eu já afirmei, ele agiu sozinho, de forma isolada, e não há indicativo de que tenha sido desafio de jogo ou orquestração com outras pessoas. Ele estava em surto paranoico e fez uma montagem na cabeça dele de determinações onde indivíduos dentro da cabeça dele estavam ordenando o crime, para que ele praticasse o ataque — pontuou o delegado-geral da Polícia Civil Ulisses Gabriel em entrevista ao Bom Dia Santa Catarina, da NSC TV, na quinta-feira (6).

O homem que cometeu o ataque responderá por quatro homicídios triplamente qualificados e quatro tentativas de homicídio triplamente qualificadas. Uma quinta criança se machucou durante a correria, mas foi liberada logo depois de ser levada ao hospital pelos pais.

Entenda o caso

O caso ocorreu por volta das 9h de quarta-feira, na Creche Cantinho Bom Pastor. De acordo com a Polícia Militar, o homem, de 25 anos, chegou na escola em uma moto, pulou o muro e matou, aleatoriamente, quatro crianças com o uso de uma machadinha. Depois, o assassino saiu da unidade e foi até o Batalhão da PM, onde se entregou.

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Ao todo, quatro crianças morreram e cinco ficaram feridas. As vítimas são Bernardo Cunha Machado, de 5 anos, Bernardo Pabest da Cunha, de 4, Larissa Maia Toldo, de 7, e Enzo Marchesin Barbosa, de 4 anos.

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