As investigações da Operação Regalia no Presídio Regional de Blumenau, que completou um mês dia 24, foram prorrogadas por mais 30 dias. A Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) vai analisar a partir de agora itens de informática, aparelhos de telefones e documentos. O material foi apreendido em 24 de março, quando foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão e 39 de prisão – entre eles o do diretor do presídio e de mais 12 agentes. Os policiais também vão avaliar contas bancárias que tiveram quebra de sigilo.
Continua depois da publicidade
::: Confira o que dizem os agentes prisionais investigados
Até o momento, cerca de 50 pessoas foram ouvidas e o inquérito policial que apura crimes de corrupção na unidade prisional soma 1,6 mil páginas. O delegado responsável pelo caso, Procópio Batista Silveira Neto, afirma que ainda falta ouvir testemunhas citadas nos últimos 30 dias de investigação, mas o foco da Divisão de Repressão ao Crime Organizado agora são os documentos.
– Nesta etapa, os trabalhos serão feitos com mais qualidade e calma. Há muitas provas para serem analisadas e laudos para serem recebidos.
Continua depois da publicidade
Também não se descarta a hipótese de novas prisões:
– Sabemos como uma investigação começa mas não como finaliza. A operação pode ter ainda uma nova etapa, quando mais testemunhas serão ouvidas. Não se descarta nenhuma possibilidade. Da inclusão de novos fatos a novas pessoas – ressalta o promotor de Justiça Flávio Duarte de Souza.
::: Presídio Regional de Blumenau passa por readaptação
Desde quarta-feira, todos os servidores, empresários e familiares de presos que são investigados pela Operação Regalia estão soltos, pois expirou o prazo da prisão temporária, que era de 30 dias. Muitos estavam detidos na Penitenciária de Florianópolis e voltaram a Blumenau.
No entanto, nenhum dos agentes está autorizado a retornar ao trabalho. A 2ª Vara Criminal de Blumenau acatou o pedido cautelar para afastamento dos servidores e determinou aos demais investigados medidas como proibição de contato com outros agentes, com testemunhas e de entrar na unidade prisional. Para o delegado, a prisão deles nesta etapa não é necessária.
Continua depois da publicidade
– Foi adequada a liberdade para que a pressão em cima do inquérito diminua. Podemos olhar o interrogatório com mais carinho e o trabalho é de garimpagem – completa o promotor.