A Polícia Militar Ambiental em Florianópolis soltou na manhã desta quarta-feira 12 pinguins na região entre a praia Brava e a Ilha do Arvoredo, ao Norte da Ilha de Santa Catarina.
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As aves, da espécie pinguim-de-magalhães, chegaram ao litoral catarinense há cerca de dois meses e receberam cuidados no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Parque do Rio Vermelho.
Outros pinguins, que ainda precisam de tempo para ser recuperar, devem ser soltos nos próximos dias, segundo o sargento Marcelo Duarte. Ele participou da soltura ao lado de uma veterinária do Centro.
Duarte afirma ainda que está prevista a soltura de aves terrestres na Reserva de Caraguatá ou no Parque da Serra do Tabuleiro.
O Centro de Triagem trabalha, principalmente, com animais marinhos que chegam à costa nos meses de agosto e setembro, mas recebe aves durante todo ano, cerca de 200 por mês.
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Cansaço
Segundo a veterinária do Ibama Ariana Fernandes, essa espécie de pinguins é a única que aparece na costa catarinense e pode ser encontrada em todo o litoral. Eles normalmente param na praia porque estão fracos, devido à pouca idade ou por estarem doentes.
Há ainda animais que passam por manchas de óleo e com isso perdem a incapacidade de impermeabilização e ficam com frio.
O sargento Duarte esclarece que os pinguins-de-magalhães saem do Sul da Argentina, vem até o Brasil e retornam para se reproduzir. É nesse retorno que muitos não conseguem completar o percurso.
Ainda não há uma causa exata para o motivo da migração dos pinguins, já que ela ocorre em diferentes épocas. Isso faz com que animais da espécie sejam levados para o Centro de Triagem durante todo o ano.
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Além dos 12 que foram soltos na manhã desta quarta, outros 15 permanecem em tratamento no local. O período se estende até que eles estejam reabilitados para voltar ao habitat.
Eles são soltos sempre em grupos de pelo menos 10 pinguins, pois vivem em bandos. O Norte da Ilha é normalmente escolhido como local para o procedimento por possuir correntes marítimas frias e quentes.
Além dos pinguins-de-magalhães, atualmente, o Cetas abriga pássaros, mamíferos e até serpentes. Todo o mês chegam pelo menos 300 animais à unidade trazidos por órgãos competentes ou populares.