A polícia alemã prendeu, no fim de semana, um imigrante oriundo da Argélia suspeito de estar envolvido nas agressões sexuais ocorridas na noite de Réveillon em Colônia, no oeste da Alemanha. A detenção, divulgada nesta segunda-feira, foi a primeira relacionada aos casos de violência que chocaram a opinião pública no país.

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Centenas de mulheres alegaram ter sido apalpadas e roubadas por um grande grupo composto por cerca de mil homens, a maioria árabes e norte-africanos. As agressões, que incluíram violações, ocorreram na zona exterior da principal estação ferroviária de Colônia.

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A polícia realizou mais sete detenções no âmbito da investigação dos tumultos, mas todas relacionadas com furtos e roubos. O argelino, de 26 anos, foi preso pela polícia durante o sábado num abrigo de refugiados, por suspeita de apalpar uma vítima do sexo feminino e roubar o telefone celular dela com outro imigrante, também vindo da Argélia, de 22 anos. O segundo jovem também foi detido, mas por suspeita de roubo.

Cerca de 883 vítimas apresentaram 766 denúncias por agressões sexuais, incluindo duas queixas por violação, e roubos cometidos durante a passagem do ano em Colônia. Estes incidentes que presumivelmente envolveram imigrantes que pedem asilo na Europa têm levantado sérias questões junto à opinião pública alemã e das autoridades do país, principalmente sobre como a maior economia da Europa vai gerir a integração dos cerca de 1,1 milhão de requerentes de asilo que chegaram ao país em 2015.

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Agressões de Colônia foram provavelmente planejadas

Refugiados estavam presentes durante agressões a mulheres na Alemanha

*AFP