Sem poder contar com testemunhas por enquanto, a Polícia Civil de Jaraguá do Sul busca pistas sobre o assassino da auxiliar de produção Mirian Raquel Greuel, 24 anos, encontrada morta dentro de casa, no bairro Rio Cerro 1, com mais de 30 facadas no peito e pescoço.
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O corpo dela foi encontrado pelo padrasto, que mora ao lado, por volta das 18h30 de segunda-feira. João Sartorato Nazario, 46, conta que procurou a enteada porque ele e a mulher estranharam o fato de a jovem ter faltado ao trabalho e não ter ido buscar a filha de três anos na babá.
– Vi que a janela do quarto estava quebrada e entrei. Em cima da cama, vi uma blusa dela suja de sangue. Depois, a encontrei morta no corredor, entre a porta do quarto e da cozinha – relembra.
Nazario conta que a última vez que viu a enteada vida foi por volta das 11h30 de sábado, quando um homem chegou de táxi à casa dela.
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– Ele desceu do táxi, ela foi recebê-lo, os dois se beijaram e entraram em casa – comenta.
Segundo ele, Mirian era solteira e não teria comentado com ninguém da família que estava namorando.
– No domingo à noite, passei perto da casa dela e escutei barulho de TV. Na segunda, quando a encontrei morta, a TV estava desligada – conta.
A filha de Mirian deve morar agora com a avó e o padrasto. O delegado responsável pela investigação, Adriano Spolaor, afirma aguardar a análise feita no corpo de Mirian por técnicos do Instituto Geral de Perícias (IGP), de Florianópolis, que deverá confirmar informações como o número de perfurações, que objeto as causou e o horário aproximado da morte.
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O laudo deve ficar pronto em 20 dias. De acordo com ele, exame preliminar constatou que a morte ocorreu na segunda de manhã.
– Alguns sinais, como o esfriamento do corpo, indicam que ela teria morrido no mesmo dia – comenta.
Dados telefônicos
O delegado também pretende pedir acesso aos dados do celular de Mirian.
– É um procedimento que depende de ordem judicial, por isso pode ser mais demorado. Infelizmente, não temos nenhuma testemunha do crime – afirmou nesta terça-feira.
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Nos próximos dias, familiares e vizinhos devem prestar depoimento. Adriano não deu mais detalhes sobre a linha de investigação adotada para não atrapalhar o inquérito, que deve ser concluído em 30 dias. Mirian morava na casa onde foi morta havia quatro anos e estava separada fazia aproximadamente dois anos.
– Não dá para entender por que fizeram isso – disse o pai da jovem, Nilson Greuel, no velório.
Mirian foi sepultada nesta terça-feira à tarde no Cemitério Cristo Bom Pastor, no bairro Rio Cerro 2.
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