A Polícia Civil de Sombrio, no Sul de Santa Catarina, aguarda o laudo do exame ao qual foi submetido a mulher de 35 anos suspeita de ter congelado a própria filha ainda viva em um freezer.
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O objetivo, segundo o delegado Luís Otávio Pohlmann, é atestar se ela estava ou não sob influência do chamado estado puerperal, quando a mãe mata o próprio bebê por conta de uma brusca mudança de comportamento ocasionada pela alteração do seu estado psíquico.
Se essa condição ficar comprovada, a mulher responderá pelos crimes de infanticídio (morte de criança em decorrência do estado puerperal da mãe), com pena de dois a seis anos de reclusão, e ocultação de cadáver, com pena de um a três anos.
Mas caso fique claro que a suspeita agiu com consciência e matou a filha propositalmente, ela será indiciada por homicídio qualificado, com pena de 12 a 30 anos de reclusão, além da ocultação de cadáver.
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O delegado afirma ainda que a mulher disse ter congelado a filha com poucos minutos de vida num ato de desespero. Sobre o pai do bebê, ela silenciou. Porém, segundo o delegado, do ponto de vista criminal, a paternidade não interfere em nada nesse caso. Também não há, conforme Luís Otávio, indícios de que a mulher tenha engravidado após sofrer estupro.
Os policiais civis de Sombrio aguardarão o laudo do exame psíquico providenciado pela Secretaria Municipal de Saúde para analisar as providências a serem tomadas. O resultado deve sair na próxima semana.
Enquanto isso, a mulher continuará em liberdade pois, conforme o delegado, ela está colaborando com as investigações e não há requisitos que levem ao pedido da sua prisão preventiva.
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