A agressão sofrida pelo radialista Rodrigo Santos após a partida entre Joinville e Brusque, na final da Copa Santa Catarina, em Joinville, não começou a ser investigada. O delegado Alonso Moro Torres aguarda o resultado do exame de corpo de delito do radialista para reunir os documentos que serão enviados à Polícia Civil de Joinville.
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– O crime deve ser investigado no local onde ele ocorreu – explicou Torres.
No último sábado, dia 10, o radialista foi agredido por Delfim de Pádua Peixoto Neto, filho do presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF) e funcionário da entidade. Assim que a partida terminou, Neto e mais quatro seguranças teriam invadido a cabine da Rádio Cidade, onde ocorreu a violência. Santos precisou ser encaminhado para o hospital e registrou boletim de ocorrência, junto com dois jornalistas que testemunharam a agressão. O teor das investigações dependerá do resultado do laudo do médico legista.
– Dependendo da lesão, se for considerada leve, vai gerar um Termo Circunstanciado. Caso o entendimento do legista seja por lesão grave ou gravíssima, isso vai gerar inquérito policial e as implicações podem ser mais severas – completa o delegado.
Delfim Neto é assessor especial da presidência da FCF desde o início do ano. Conforme a assessoria de imprensa da entidade, Neto é assessor direto do pai. O fato está sendo analisado pela procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD). Para o presidente do TJD, Alexandre Beck Monguilhott, os casos de brigas e agressões em estádios de futebol são passíveis de investigação, mas cabe aos procuradores oferecer ou não a denúncia.
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– A agressão não envolveu a partida, por isso acredito que o Joinville não deve sofrer algum tipo de sanção. Mas isso é a procuradoria que avalia – definiu Monguilhott.