A Delegacia de Homicídios de Joinville trabalha com a teoria de que as mortes registradas na madrugada desta sexta-feira, 29, no bairro Jardim Iririú, foram causadas por João Fabio Salles de Borba, de 43 anos. Ele teria atirado na menina Maria Clara Bordin Guilherme, que tinha 12 anos e era sua enteada.

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O delegado Dirceu Silveira Júnior, titular da Delegacia de Homicídios de Joinville, afirmou que seguirá esta linha de investigação no inquérito: a de que o padrasto, depois de atirar na menina, tirou a própria vida. Ele afirmou esta hipótese à reportagem do Jornal do Almoço, da NSC TV Joinville, ainda na manhã de sexta-feira, horas após o crime.

— As cenas do crime levam a crer que o homem matou a enteada e depois tirou a própria vida. Nós estamos aguardando os laudos periciais que devem apontar as circunstâncias do crime. Nos próximos dias vamos ouvir testemunhas, vizinhos e a mãe da menina — explicou o delegado.

Segundo a Polícia Civil, a mãe da menina, Simone Bordin, contou que havia terminado o relacionamento e estava chamando a filha para ir embora da casa de João. Ele não aceitou a situação e atirou contra Maria Clara, que foi atingida na cabeça. Depois, tirou a própria vida.

O relacionamento ocorria há cerca de três anos e, de acordo com o depoimento da mãe e o relato de vizinhos, era instável. Segundo ela, estava trabalhando e havia acabado de chegar à casa dele quando o crime ocorreu.

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A Polícia Militar registrou a ocorrência a 1 hora da madrugada. O Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville foi acionado para atender a ocorrência, mas não houve tempo para prestar atendimento, já que ambos morreram no local.

Vizinha ouviu disparos de arma

A vizinha Nadir Trains Lona ouviu dois disparos antes de Simone tocar sua campainha pedindo ajuda. A moradora contou que estava deitada e a filha levantou para ver o que estava acontecendo. Segundo ela, a vizinha estava chorando e dizendo que o companheira havia atirado em Maria Clara e, em seguida, se matado.

— Nós abrimos a porta e ela disse que viu o João matando a filha e depois se matando. Ela veio desesperada pedindo socorro e se jogou no chão chorando — recorda Nadir.

Segundo Nadir, Maria Clara morava com a avó e foi trazida pela mãe para viver em Joinville. Ela estudava em uma escola do bairro há cerca de seis meses.

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