Um inquérito foi aberto para investigar as causas do incêndio que terminou com a morte de três detentos em uma das celas da Penitenciária de Florianópolis na quarta-feira (15). Outros 43 presos ficaram feridos, além de quatro policiais penais. A suspeita é de que fogo tenha iniciado em um colchão.
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De acordo com o delegado Attilio Guaspari Filho, que acompanha o caso, algumas testemunhas já foram ouvidas. A investigação também aguarda a juntada de laudos periciais da Polícia Científica e dos bombeiros, além de outros documentos, para dar continuidade aos trabalhos.
— As oitivas já iniciaram. Estamos esperando a juntada de laudos periciais e outros documentos. Serão ouvidas diversas pessoas nos próximos dias — explica.
Outros detalhes da investigação, no entanto, não foram divulgados.
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Penitenciária de Florianópolis que deixou três mortos em incêndio tem falta de policiais penais
O incêndio ocorreu na quarta-feira (15) na cela 22 da ala de adaptação, onde ficam os presos recém-chegados. Segundo o advogado Wiliam Schinzato, que preside a Comissão de Assuntos Prisionais da seccional catarinense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SC), o local estava com lotação adequada. Além das três mortes, 43 detentos e quatro servidores da unidade foram levados a unidades de saúde da região.
As vítimas são: Robison da Silva, de Ponte Serrada, no Oeste, Danilo Barros (BA) e Jeberson de Souza (CE). As idades deles não foram divulgadas. A secretaria informou que a causa da morte foi a inalação da fumaça do incêndio.
Conforme a juíza, a ala onde ocorreu o incêndio foi construída no final dos anos 80 para abrigar presos de alta periculosidade e fica atrás do complexo. O local também serviu para isolar os presos com sintomas durante a pandemia.
A unidade prisional fica dentro do Complexo Penitenciário da Capital, que é formado por outros quatro lugares. Das cinco estruturas, três estão em situação de interdição: os presídios masculino e feminino, além da penitenciária onde aconteceu o incêndio. Já a Casa do Albergado e o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico são considerados adequados.
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Veja vídeo sobre o incêndio na Penitenciária de Florianópolis
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