O delegado Leandro Lopes de Almeida, de São Francisco do Sul, disse nesta segunda à tarde que já abriu um inquérito e que tem várias hipóteses que serão investigadas nas próximas semanas na tentativa de descobrir os motivos do sequestro de um empresário da cidade, ocorrido no último domingo.
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Um homem de 48 anos e um menino de nove foram rendidos quando compravam carvão em um estabelecimento comercial perto de onde moram. O carro do empresário foi encontrado nesta segunda, em um matagal, perto da BR-280. O menino foi abandonado logo depois do sequestro, na mesma rodovia.
Ele ficou cerca de sete horas com os criminosos e disse à polícia que só foi abandonado porque os sequestradores, que exigiam R$ 100 mil de resgate, perceberam que não conseguiriam dinheiro no domingo e que a polícia já estava no caso.
Além da hipótese de um sequestro para tirar o dinheiro da família, a polícia trabalha com outras possibilidades, como a de vingança ou cobrança de dívida. É que o empresário que foi vítima do sequestro também é investigado pela polícia por crimes cometidos nos últimos dez anos na região.
No site do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), o nome do empresário consta como réu em pelo menos nove processos, três deles em segredo de Justiça. Os dois mais graves é que podem ter algum envolvimento com o sequestro ocorrido no domingo.
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O empresário é o único acusado pelo assassinato de um guardador de carros ocorrido em Joinville em fevereiro de 2008. Na época, o guardador era namorado da ex-mulher dele. Em 2005, ele também teria participado de um sequestro. Os processos estão em fase de recursos.
O nome do empresário foi omitido nesta reportagem para preservar sua identidade. À polícia, ele disse ter sofrido ameaças e teme represálias por parte dos bandidos. O inquérito deve ser concluído em até 60 dias e remetido ao Ministério Público e à Justiça.