A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso do caminhão de coleta de lixo que foi incendiado na noite de terça-feira (12) em Jurerê Internacional, no Norte de Florianópolis. O que se sabe até o momento é que uma dupla armada e encapuzada abordou os trabalhadores, os fez descer do veículo e, em seguida, jogou gasolina para iniciar as chamas, de acordo com a PM.

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A polícia trabalha para descobrir a autoria do crime. Em publicação nas redes sociais, o prefeito Topázio Neto (PSD) disse que recebeu a informação de que o veículo que perseguiu o caminhão teria sido alugado pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), “através de uma das diretoras”.

Topázio argumentou que se trata de uma “informação confirmada”, mas não citou a fonte da confirmação. Ele, inclusive, usa o trecho de um vídeo de uma câmera de segurança que flagra a ação. O prefeito definiu a situação como “terrorismo contra o trabalhador”.

À NSC TV, a delegada Michele Alves Rebelo, diretora de Polícia da Grande Florianópolis, citou que há elementos da participação do sindicato dos trabalhadores na ação, no entanto, disse que o fato só será confirmado após conclusão do inquérito, previsto para os próximos dias.

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A reportagem do NSC Total procurou o delegado Verdi Furlanetto, que está à frente do caso. O investigador destacou que a polícia trabalha “com muita determinação” para apurar os fatos, mas não deu mais detalhes “para não atrapalhar as investigações”.

O que diz o sindicato

Também em publicação nas redes sociais, o Sintrasem apontou que “os trabalhadores da Comcap estão sendo atacados com uma proposta que retira seus direitos econômicos e sociais, reduzindo seus salários” e que os postos de trabalho estão “ameaçados” com a “política de terceirização da limpeza pública”.

Com relação ao vídeo compartilhado pelo prefeito, o sindicato diz que foi “surpreendido” com o conteúdo que tenta conectá-los com o fato ocorrido e complementa que, na terça-feira, após o encerramento das atividades sindicais, a direção foi para casa, “ao encontro de suas famílias”.

“Nenhum membro da direção do sindicato está envolvido no referido fato, e acreditamos que nenhum trabalhador esteja envolvido, porque não é essa a nossa cultura de mais de 35 anos de existência em defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora; e assim continuaremos a nossa luta e a nossa história”, termina a nota.

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Relembre o caso

O caminhão estava estacionado na Avenida dos Dourados quando, por volta da meia-noite, os funcionários foram abordados e obrigados a sair do veículo. Em seguida, segundo a polícia, os suspeitos teriam pego um galão de 25 litros de gasolina e iniciado as chamas.

Segundo a PM, os homens, além de armados, usavam máscaras que impediram a identificação. Até o momento, eles não foram localizados.

Os socorristas precisaram utilizar 1 mil litros de água para combater as chamas. Depois que o fogo foi extinto, a área foi isolada e os trabalhos ficaram aos cuidados das polícias Militar e Científica. Não há registro de feridos.

De acordo com a Prefeitura de Florianópolis, o caminhão pertence a uma empresa terceirizada contratada para executar o serviço.

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Veja fotos do caminhão incendiado

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