Uma série de recomendações sobre “como seduzir mulheres russas” formou parte de um manual entregue pela Associação de Futebol Argentina (AFA), durante curso e idioma e cultura do país sede da próxima Copa do Mundo.

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A AFA emitiu nesta quarta-feira um comunicado em que atribui a “um erro involuntário” a inclusão do tema no manual. Ainda assim, admitiu que o mote fazia do caderno indicou que o texto “jamais fez parte da capacitação”.

Sob o título “o que fazer para ter alguma chance com uma mulher russa”, o tema indicava que “as russas não gostavam de serem vistas como objetos e que odeiam homens entediantes”.

“Muitos homens só querem levar as mulheres russa para a cama, porque são charmosas. Talvez elas também o queiram, mas são pessoas que querem se sentir importantes e únicas”, indica o polêmico manual.

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O Instituto contra a Discriminação, Xenofobia e Racismo (NADI) interveio no assunto, indicou o titular Claudio Presman ao canal TN.

“Nos comunicamos com a AFA para pedir explicações. O texto estigmatiza a mulher”, indicou.

Aproximadamente quarenta jornalistas participaram do curso e, ao verem o conteúdo de “sedução” do manual, o publicaram nas redes sociais.

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A AFA indicou que realizou “investigação interna a respeito do que aconteceu na jornada de Idioma e Cultura Russa, concluindo que parte do material entregue foi impresso erroneamente”.

“O responsável do curso selecionou informação para oferecer aos assistentes e, infelizmente no momento de impressão, por um erro involuntário, se incluiu um texto que jamais fez parte da capacitação”, afirmou o comunicado assinado pelo diretor do Departamento de Educação da AFA, Alejandro Taraborelli.

Durante o curso, o “pessoal administrativo do Departamento precedeu para retirá-lo de maneira imediata”, explicou.

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O curso foi realizado na sede da instituição durante a tarde de terça-feira, organizado pela escola de Capacitação da AFA.

O anúncio da AFA indicava que o curso era destinado a “dirigentes, jogadores, técnicos e jornalistas que participarão da próxima Copa do Mundo”.

Segundo explicou ao jornal Clarín o professor responsável pelo curso, Eduardo Pennisi, o material tinha sido aprovado pela AFA um mês antes do início das aulas.

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* AFP