A polêmica participação de um suposto go-go boy na comemoração do Dia Internacional da Mulher em Palhoça e a troca de acusações entre a antiga e atual administração levou o Ministério Público de Santa Catarina a mudar o alvo da investigação.

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Apesar de não ter recebido nenhuma denúncia oficial, o objetivo da promotora Andréa Machado Speck é analisar os dados das oito edições da festa. A magistrada ainda não fala em suspeitas, mas é provável que a apuração analise se houve ou não gasto irregular de dinheiro público.

O inquérito foi aberto em 11 de março e tem até um ano para ser concluído. Há ainda a possibilidade de a investigação ser prorrogada. A comemoração do Dia Internacional da Mulher em Palhoça ganhou destaque nacional depois que surgiram na internet imagens da performance do modelo Rodrigo Mendonça, apontado como um go-go boy.

Usando somente uma sunga preta, o rapaz interagiu com a plateia, dançou e divertiu várias das mulheres. Na plateia, estavam cerca de 800 convidadas (a maioria servidoras públicas). Na época, o prefeito interino Nirdo Artur Luz (DEM), o Pitanta, negou ter contratado Rodrigo Mendonça. Atribuiu a participação dele a uma surpresa dos patrocinadores.

Ainda segundo a versão de Pitanta, o modelo não era um go-go boy porque estava de sunga preta e “go-go boy usa sunga branca”. Na tentativa de acabar com a polêmica, no dia seguinte a divulgação das imagens da festa, Pitanta cancelou o empenho de R$ 7,5 mil para o pagamento do aluguel, bebida e comida oferecida durante a comemoração.

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Em entrevista ao Diário Catarinense em 11 de março, o modelo Rodrigo Mendonça, que é Mister Santa Catarina, confirmou a versão de Pitanta e disse que foi à festa a convite de um amigo, que iria expor produtos de um sex shop. O modelo contou que fez brincadeiras com as mulheres, distribuiu brindes e disse não ter recebido nada pela “presença vip”.