Mais uma polêmica envolve as obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis. A interseção na parte sul do traçado, em Palhoça, criará cruzamentos em “x” que podem atrapalhar o trânsito na BR-101. O grupo responsável pela obra diz que segue o projeto definido ano passado.
Continua depois da publicidade
“A preocupação é que o Contorno Viário da Grande Florianópolis vire uma via urbana”, afirmou o presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, deputado estadual João Amin (PP), no começo da audiência pública para tratar sobre o tema, na manhã desta segunda-feira, na Assembleia Legislativa (Alesc).
A rodovia, que servirá para desafogar o tráfego da BR-101 na região, era para estar pronta até 2012. Atualmente, a entrega está prevista para 2019. Só que nem dá para carimbar este prazo, segundo o engenheiro Ricardo Saporiti, que representou o Conselho Metropolitano para o Desenvolvimento da Grande Florianópolis (Comdes) no evento. Obras de arte, como quatro túneis duplos, sequer começaram.
Saporiti mostrou um estudo durante a audiência, alegando que foi apresentado um novo projeto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) com uma interseção em nível – e não um viaduto, como estaria no projeto de 2013 – na parte Sul do Contorno, em Palhoça. Isso causaria entrecruzamentos em “X”, prejudicando o trânsito.
O superintendente de investimentos do grupo Arteris (da Autopista Litoral Sul, concessionária responsável pelo trecho), Marcelo Módolo, diz que o traçado segue o que foi definido desde ano passado e, que neste caso, foi feito uma “adaptação”.
Continua depois da publicidade
O superintendente da Grande Florianópolis, Cássio Taniguchi, alerta que é preciso considerar também o impacto financeiro. Não adianta, por exemplo, projetar um viaduto se a obra exigir desapropriações grandes e caras.