A dislexia, transtorno de aprendizagem que afeta a leitura e a escrita, foi tema de diversas atividades em todo o Brasil, entre os dias 8 a 14 de outubro. O evento foi inspirado na Dyslexia Awareness Week, que ocorre no mesmo período na Inglaterra, envolvendo toda a sociedade em torno de um assunto que atinge cerca de 6% da população.
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No Brasil, são cerca de 7 milhões de pessoas com transtornos de aprendizagem. O disléxico apresenta grande dificuldade para aprender a ler e escrever, embora tenha inteligência dentro dos padrões de normalidade. A pessoa com esse distúrbio sofre muito com o fracasso escolar, e, na maioria das vezes, essa situação acarreta sérios problemas para a sua vida e da sua família. Pai, mãe e criança, todos frustrados, desanimados, desiludidos, irritados e até mesmo agressivos.
Mas nem todas as pessoas que apresentam dificuldades no processo de aprendizagem da leitura e escrita são disléxicas. Esse processo é bastante complexo e envolve diferentes fatores, tais como estruturas neurobiológica, psicológica, social, cultural, entre outras. Muitas pessoas que têm história de fracasso escolar não apresentam dislexia, mas ainda assim, necessitam de atendimento especializado para superar suas dificuldades e enfrentar os desafios e as frustrações ocasionadas pelo processo de aprendizagem. O diagnóstico deve ser realizado o mais rápido possível.
À medida que a família ou a escola percebem que a criança não está aprendendo a ler e a escrever no mesmo ritmo que a maioria dos seus colegas é necessário um “olhar especializado”. O fonoaudiólogo, devidamente habilitado, pode orientar pessoas com dificuldades de aprendizagem, sejam elas disléxicas ou não. O profissional está capacitado para o tratamento de pessoas que sofrem com o fracasso escolar, sejam elas crianças, adolescentes ou adultos, e certamente poderá contribuir de forma significativa.
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