O número de brasileiros na pobreza atingiu em 2021 o maior nível desde o início da série histórica, em 2012, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (2). Cerca de 62,5 milhões de pessoas (29,4% da população do país) estavam na pobreza e 17,9 milhões (8,4% da população) estavam na extrema pobreza no ano passado.
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Os dados consideram critérios propostos pelo Banco Mundial, que adota como linha de pobreza os rendimentos per capita de US$ 5,50 PPC, equivalentes a R$ 486 mensais per capita. Já a linha de extrema pobreza é de US$ 1,90 PPC, ou R$ 168 mensais per capita.
No recorte regional, Nordeste (48,7%) e Norte (44,9%) tinham as maiores proporções de pessoas pobres na sua população. No Sudeste e também no Centro-Oeste, 20,6% (ou um em cada cinco habitantes) estavam abaixo da linha de pobreza. O menor percentual foi registrado no Sul: 14,2%.
Rendimento cai entre as mulheres
Ao considerar o rendimento médio per capita, os homens (R$1.393) receberam 5,9% a mais que as mulheres (R$1.315) em 2021. Na comparação com 2020, a diminuição nesse rendimento foi de 6,9%, sendo maior para mulheres (7,5%) do que para homens (6,4%).
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Considerando o início da série histórica, a redução média anual foi de 4,5%, mas mulheres (-5,9%) perderam mais que os homens (-3,0%).
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