Os policiais presos suspeitos de colaboração com os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília, disseram em depoimento à Polícia Federal que recuaram diante dos bolsonaristas radicais após falha e falta de munição química nas armas. As informações são do g1.

Continua depois da publicidade

Receba as principais notícias de Santa Catarina pelo Whatsapp

Os depoimentos foram encaminhados ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nesta quinta-feira (9). Segundo o major Flávio Silvestre de Alencar, um dos presos, os policiais também recuaram para salvar colegas feridos – mesma justificativa utilizada nas respostas sobre a retirada das viaturas do local. 

No dia do ataque aos Três Poderes, Alencar foi flagrado pelas câmeras de segurança escoltando viaturas para longe da grade de contenção que impedia os bolsonaristas de avançar até o prédio. 

Rafael Pereira Martins, tenente da Polícia Militar, afirmou em depoimento que o “baixo efetivo da PM na Esplanada ocasionou a dificuldade de conter os manifestantes”. De acordo com o depoimento, ele ordenou a retirada da tropa de choque porque “armas não letais apresentaram pane” e que havia “muita proximidade” com os manifestantes, o que “poderia ocasionar óbitos”. 

Continua depois da publicidade

Bolsonaristas invadem Congresso, STF e Planalto em dia de tensão em Brasília

As prisões de ambos os policiais aconteceram na terça-feira (7), na operação chamada de Lesa Pátria. Além do major Flávio Silvestre de Alencar e do tenente Rafael Pereira Martins, também foram detidos: Coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, então chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do DF e Capitão Josiel Pereira César, ajudante de ordens do comando-geral da Polícia Militar.

Leia também

Renato Igor: “Capitólio brasileiro” precisa de punição exemplar após invasões criminosas em Brasília

Autoridades reagem à invasão de bolsonaristas a sedes dos Poderes