Na última terça-feira (28), um homem foi preso acusado de roubar comida de uma casa em Nova Veneza, no Sul de Santa Catarina. As informações são do G1.
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A casa foi furtada na segunda-feira (27) e no dia seguinte, terça, a vítima do roubo registrou a ocorrência e contatou a PM para indicar a residência da principal suspeita do crime.
Chegando na casa do suspeito, no bairro Brasília, uma mulher, que estava com os filhos, deixou os policiais entrarem. No local havia uma carne descongelada, um peixe na mesa e o resto dos alimentos, que estavam escondidos em baixo do sofá.
Confissão
Após a entrada das autoridades na casa, o homem chegou em seguida e confessou o crime. Sem antecedentes criminais, ele foi levado à Central de Plantão Policial, preso em flagrante e depois liberado para responder o processo em liberdade.
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Vítima e policiais se solidarizaram
Rodrigo Nazário, conta que além dos alimentos, foram furtados objetos pessoais e uma espingarda de pressão, sem funcionamento. A vítima, ao acompanhar os policiais até a delegacia, conversou com o preso e disse torcer para que ele saísse dessa e fosse para um caminho bom:
— Eu conversei com ele e ele parecia bem arrependido. Ele já estava em jejum há um dia e meio, não conseguia comida. Ele não tinha cinco 'pilas' para comprar pão pra menina dele. Daí eu fiquei comovido, a gente trabalha, sabe as dificuldades que tem.
Nazário decidiu doar uma caixa de leite para a família, já que segundo o autor do crime, na noite anterior ao furto, a criança mais nova dormiu tomando apenas água por não ter o que comer. Os policiais também ajudaram com uma cesta básica, além das pessoas da comunidade que contribuíram com alimentos.
O soldado Dalcione Rosso, que estava participando da ocorrência com Tiago Cardoso de Assis, relata:
— Ficamos sensibilizados com seu relato, e com a condição em que estavam as crianças. Quando saímos da delegacia, conversando com meu parceiro, Assis, decidimos fazer alguma coisa para mudar a realidade daquela família. E decidimos comprar a cesta básica.
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— A gente fez a nossa parte, conduziu ele. Mas a gente ficou comovido, ver aquela situação das crianças, mas o pai ter chegado a esse ponto para cometer o delito. Claro que a gente orientou que tem outros meios, buscar a assistência social do município, pedir ajuda em igreja, nos vizinhos”, complementa Assis.