Com mais de um milhão de votos em todo o Estado, o PMDB permanece à frente dos concorrentes no número de prefeituras. Foram 104 no primeiro turno. A entrada do PSD no cenário eleitoral, em 2011, também influenciou diretamente a divisão política catarinense.

Continua depois da publicidade

Os presidentes dos cinco partidos mais representativos do Estado, ganhadores de 272 prefeituras, num total de 295 cidades, foram unânimes em explicar a queda no número de cidades que governam pelo ingresso da nova sigla, aumentando a divisão do “bolo”.

A exceção foi o PT, que administrará 11 municípios a mais, mas teve queda no número de eleitores. Os outros partidos tiveram perdas, inclusive o próprio PSD, que no primeiro ano de vida herdou 59 mandatos.

>>> Confira as opiniões dos presidentes dos cinco maiores partidos de SC

Continua depois da publicidade

PSD

O presidente do PSD em Santa Catarina, deputado estadual Gelson Merisio, considera que o partido obteve um bom desempenho em sua primeira eleição, apesar de ter conquistado menos prefeituras que o esperado. A previsão era vencer em 60 cidades, mas o partido terminou na frente em 52 municípios. O número pode subir porque o PSD está no segundo turno em Florianópolis, Joinville e Blumenau.

– Além disso, conquistamos cidades importantes, como São José e Chapecó. Assim como todos os partidos grandes, tivemos resultados para comemorar e para lamentar, em um processo que foi equilibrado – avalia.

PMDB

O recordista dos números no mapa partidário catarinense é o PMDB. Mesmo assim o partido sofreu o reflexo do ingresso do PSD e teve ligeira queda. Para o presidente estadual, Eduardo Pinho Moreira, essa eleição teve um sabor especial.

Continua depois da publicidade

– Alguns diferenciais marcaram as eleições: a presença em centros como Laguna, Rio do Sul, São Bento do Sul, e São Miguel do Oeste; das 36 cidades sedes de Secretarias Regionais,vencemos em 20; a vitória em Lages, um reduto político histórico que não governávamos desde 1976, e a participação no segundo turno em Florianópolis, Joinville e Blumenau (como vice).

PSDB

Leonel Pavan, presidente estadual do PSDB, também ficou satisfeito com o desempenho do partido, e aguarda com expectativa o resultado de três cidades.

– Todos os partidos tiveram uma queda natural, pois entrou outro partido (PSD) para fatiar o bolo. Elegemos 36 nomes em 2008, destes dois foram cassados e quatro mudaram para a sigla. Ficamos com 30 prefeitos nos atuais mandatos. Se vencermos em Blumenau, e nos dois municípios que estão sob judice – Criciúma e Palhoça -, estaremos com um número de eleitores muito superior à eleição passada.

Continua depois da publicidade

PT

O partido cresceu no número de cidades conquistadas, mas caiu no número de eleitores, pois a maioria das vitórias se deu em cidades pequenas. José Fritsch, presidente do PT de Santa Catarina, afirma que o crescimento estava na meta para essas eleições e fortaleceu o partido em regiões que antes não estavam presentes.

– Saímos mais organizados, mais fortalecidos e com a certeza de que com relação a prefeituras estamos distribuídos em todo o Estado. Apesar de perder em cidades estratégicas, como Blumenau, Chapecó e Joinville, tivemos a vitória em regiões nas quais tínhamos deficiência, como o Norte, o Litoral e o Sul.

PP

Para Joares Ponticelli, presidente estadual do PP, a eleição também foi positiva.

– Das sete maiores cidades que finalizaram as eleições, ganhamos em duas. Outro destaque foi vencer em Jaraguá do Sul, com uma jovem liderança, que é o Dieter Janssen, uma aposta do PP. Para um partido que está há três eleições consecutivas perdendo para o governo do Estado, acho que é um resultado extraordinário, se considerar que fizemos uma prefeitura a mais que o PT, praticamente o dobro do PSDB e apenas seis a menos que o PSD, que é o partido do governador. Acho que o partido saí forte, dos 94 candidatos que concorreram elegemos 46.

Continua depois da publicidade