O senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) revelou que o almoço que ele e os ex-governadores Eduardo Pinho Moreira e Paulo Afonso Vieira tiveram com Raimundo Colombo, na semana passada, na Casa d’Agronômica, teve como objetivo “nossa determinação de construir o processo de reeleição do governador”.
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Foi a primeira vez que os três ex-governadores firmaram posição única em torno de um projeto político-eleitoral. Luiz Henrique esclareceu, ainda, que a ideia do encontro foi montar uma estratégia para evitar que as eleições municipais criem qualquer perturbação no processo sucessório estadual.
Ele admitiu que os maiores obstáculos, em termos de composição de chapas e reedição da coligação governista, estão nos dois maiores colégios eleitorais do Estado:
– O “x” da questão está nas equações de Florianópolis e Joinville. Em Chapecó, Criciúma e Blumenau as coisas estão bem encaminhadas – afirmou o senador.
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– Daremos um passo gigantesco se alinharmos as chapas nos principais municípios. O PMDB indicaria em 2014 o vice de Colombo e receberia apoio recíproco em 2018 – antecipou.
E o impasse na cidade de Lages?
– Lages é a terra do governador. Não nos cabe discutir as candidaturas. O governador saberá ali administrar os nomes da melhor maneira.
Luiz Henrique confirmou que fará tudo o que estiver a seu alcance para formar chapa única da coalizão em torno da candidatura do empresário Udo Döhler a prefeito, pelo PMDB, com o apoio do PSD, PSDB e demais partidos. E reiterou que a manutenção de Marco Tebaldi na Educação ajuda a equação política de Joinville, embora ressalvando que a decisão do secretariado cabe a Colombo.
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O senador peemedebista falou, pela primeira, vez sobre a hipótese de o PP, principal adversário em seus dois governos, integrar a administração Colombo:
– Quando o PP procurou o governador para propor sua entrada na base do governo na Assembleia, Colombo disse que nada faria que pudesse me contrariar.
– Respondi claramente ao governador que tinha mil motivos para ser contra. Mas não fui. A política é dinâmica. E não costumo fazer política olhando pelo retrovisor. Quem faz política olhando para trás vira estátua de sal, como a mulher de Ló.
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E prosseguiu:
– Estamos vivendo um momento novo. Colombo tem que ampliar sua base na Assembleia. Acho legítimo que o PP integre o governo. Se está apoiando na Assembleia, tem que participar. Em nenhum momento me opus. De maneira nenhuma! Não acho nada estranho. Ao contrário, acho lógico. Quando o PFL passou a me respaldar na Assembleia, também foi convidado a compor o meu governo – lembrou.
Luiz Henrique tem informações de que a presença do PP no primeiro escalão, contudo, deve ocorrer após as eleições municipais para corresponder “a geografia das urnas”.