Com 11 dos 40 deputados, o PMDB é o dono da maior bancada na Assembleia Legislativa. Também é o centro nervoso da governabilidade. Líder da bancada, Antonio Aguiar refuta qualquer indicação de que o partido não é fiel ao Centro Administrativo.

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– O PMDB é governo e é fiel à base aliada. O que existe são algumas questões pontuais que todo partido tem – afirma.

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Autor do parecer pela inadmissibilidade da MP dos ACTs, o deputado Mauro de Nadal (PMDB) afirma que nesta legislatura a bancada decidiu analisar “com mais calma” os projetos considerados polêmicos, mas que isso não altera a relação com o governo. Nos bastidores, entretanto, as queixas da bancada peemedebista são nítidas. São constantes as reclamações de que o governo só tem atendido as demandas do vice-governador Eduardo Pinho Moreira e do senador Luiz Henrique da Silveira.

Secretário da Casa Civil, Nelson Serpa (PSD) não nega dificuldades com o principal aliado do governo.

– Essa é uma situação que o PMDB tem que resolver. O PMDB faz parte da conjunção de forças que governa o Estado. Seus assuntos internos, eventuais divisões, cabe ao PMDB resolver – afirma.

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Observadores atentos do Legislativo apontam uma característica diferente na atual bancada peemedebista.

– O PMDB de Santa Catarina está se transformando em uma federação como se transformou o PMDB nacional. Tem o partido do Luiz Henrique, do Pinho Moreira, do (ex-governador) Paulo Afonso, do (senador) Dário Berger. A bancada se vincula a esses grupos. Não tem unidade e nem liderança. O partido, assim como o nacional, está virando um gigante sem cabeça – afirma um deputado próximo ao governo, mas não governista.