Esquentou o clima no último programa eleitoral dedicado aos prefeitos antes do primeiro turno das eleições. Ontem, a coligação Joinville, de Novo Melhor(PDT/PTB/PMDB/PSC/PSDC/PRTB), que tem Udo Döhler como candidato a prefeito, ganhou direito de resposta de um minuto dentro do programa do PT.
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A decisão foi contra um editorial, dentro do programa do PT, no qual se ouvia um homem falando no rádio que havia um “candidato que ?judiou? das pessoas. Em outra citação, dizia “não adianta ficar judiando das pessoas na firma e depois posar de bonzinho na eleição.” Também havia insinuações de racismo.
No rádio, também foi dado o direito de resposta, de dois minutos, pelo mesmo texto. Este deve ser veiculado na sexta-feira, abrindo uma exceção na programação. Foi o primeiro direito de resposta destas eleições. Ainda ontem, a campanha de Udo havia entrado com outro pedido contra a coligação petista.
Desta vez, por uma inserção transmitida na noite de terça-feira onde uma ex-funcionária da empresa Döhler dá um depoimento dizendo que sofreu maus-tratos na época em que trabalhou lá, na década de 1990. Na decisão, o juiz Roberto Lepper, da 76ª zona eleitoral, não concedeu direito de resposta. Apenas pediu que a coligação responsável pela inserção – no caso, a de Carlito – identifique mais claramente a autoria da mensagem.
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Segundo o prefeito Carlito Merss (PT), o último programa de TV obrigatório antes das eleições foi utilizado para agradecer o eleitor e mostrar tudo o que já foi feito e que pode ser feito nos próximos anos. Sobre a decisão judicial, Carlito disse:
– Respeitamos as decisões da Justiça e isso não atrapalhou a estratégia do último programa -, comentou, por meio da assessoria de imprensa.
Enquanto isso, a campanha peemedebista utilizou o direito de resposta para refutar qualquer acusação feita contra Udo. Foi lido um texto pela apresentadora do programa. Na reta final, o candidato do PMDB garante que não irá atacar os concorrentes à Prefeitura.
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– Fizemos uma campanha limpa durante três meses. A Justiça nos deu direito de resposta contra uma ofensa sem fundamento no programa do candidato Carlito. Vamos continuar com o nosso estilo e não vamos partir para o revide -, disse, por meio da assessoria de imprensa.
Mesmo com algumas vitórias na Justiça, a coligação peemedebista não conseguiu retirar do ar a propaganda petista que fazia alusão aos supostos maus-tratos a funcionárias da empresa. Segundo Lepper, as informações se baseiam em jornais da época e, por isso, poderiam ser veiculadas.
Se o último dia de propaganda eleitoral para os candidatos a prefeito esquentou, o mesmo não pode ser dito do restante dos programas de TV. Durante os 19 dias em que foram exibidos programas (um ao meio-dia e outro à noite), os cinco candidatos utilizaram seu espaço para prometer muitas ações caso assumam a Prefeitura. Assim, o debate girou em torno da construção de elevados – proposta que foi incorporada por quatro dos cinco candidatos – e da melhora do sistema de saúde.
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