Reunião da bancada do PMDB oficializou no início da noite desta quinta-feira a candidatura de Renan Calheiros (AL) à presidência do Senado. A eleição será realizada às 10h desta sexta-feira.

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Costurada nos bastidores, a candidatura do senador alagoano ainda não havia sido oficializada para tentar minimizar os ataques da oposição.

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Mesmo assim, Renan tem sido alvo de denúncias desde o início deste ano. O peemedebista ainda é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo suposto uso de notas fiscais frias para justificar, em 2007, que tinha renda para pagar a pensão de uma filha. À época, ele apresentou as notas para fugir de uma denúncia de que teria contas pagas por um lobista. O caso levou Renan a renunciar à presidência do Senado naquele ano.

O senador e presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO) disse que Renan Calheiros apresentará nesta sexta-feira, durante a eleição, uma plataforma para comandar o Senado pelos próximos anos, tendo como itens redução de gastos da Casa e uma pauta de votações com temas ligados ao pacto federativo.

Valdir Raupp rejeitou a suspeita de que a indicação de Renan Calheiros causasse constrangimento para o partido. Na semana passada, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, denunciou Calheiros pelos crimes que o levaram a abdicar do comando da Casa, o que aumentou a pressão contrária à sua candidatura.

– Em absoluto (que há constrangimento). O senador Renan não tem julgamento, nenhuma condenação. ê um líder nato, construiu dentro da bancada e fora dela (apoio), portanto, deve ser eleito na manhã de sexta-feira para a presidência do Senado Federal – afirmou.

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O adversário de Renan na disputa pelo comando da Casa nesta sexta-feira será o senador Pedro Taques (PDT), que tem o apoio de PDT, PSOL e PSDB. Juntas as três siglas têm 17 senadores.

O peemedebista tem o apoio do PT e da maioria dos partidos da base do governo.