O policial militar suspeito de matar outro PM em um motel em Joinville deve ser transferido à unidade de São Francisco do Sul. Atualmente, Anderson Dieymes David está alocado na guarnição da cidade de Garuva. O suspeito, que estava preso preventivamente no 8° Batalhão de Polícia Militar desde o dia do crime, em maio deste ano, foi solto após um habeas corpus na terça-feira.
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Policial suspeito de matar outro PM em motel é solto em Joinville
Policial é morto a tiros por outro PM dentro de motel em Joinville
Segundo o subcomandante do 27º Batalhão da PM, major Jailton Franzoni de Abreu, o policial foi levado de Garuva para a sede da unidade à qual já pertencia. A medida foi tomada porque Anderson precisa obedecer a algumas determinações enquanto aguarda o julgamento do processo em liberdade. Para cumprir essas restrições judiciais, o profissional será realocado no setor administrativo do batalhão.
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– Ele tem algumas restrições profissionais e sociais. Aqui, fica mais fácil de fazer a fiscalização do serviço dele, até para ajudá-lo no cumprimento das determinações – afirmou.
Dentre as restrições, o policial denunciado deverá comparecer em juízo a cada 30 dias para justificar e informar suas atividades; não se ausentar da comarca sem prévia autorização do magistrado, com exceção do deslocamento até sua residência, em Curitiba; permanecer em sua residência à noite e nos dias de folga; não ter contato com a esposa por qualquer meio e manter distância dela de até 250 metros; e não desempenhar atividades de campo, ostensivas, próprias do exercício da função, devendo ficar no batalhão para atividades administrativas sem o porte de arma de fogo.
Anderson já se apresentou em São Francisco do Sul. Entretanto, segundo o major, para que a transferência seja efetivada, é necessário cumprir alguns trâmites, como férias e folgas pendentes. Somente depois disso, Anderson passará a trabalhar na unidade-sede.
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Próximos passos do processo
A audiência para ouvir testemunhas, que estava agendada para quarta-feira, foi cancelada pela juíza substituta da 5ª Vara Criminal, Lucilene dos Santos. A decisão foi tomada devido à libertação do denunciado.
Conforme o advogado de defesa Caio Fortes de Matheus, um dos motivos para o cancelamento da audiência se deve ao ingresso de outra medida no tribunal, que vai ser julgada na próxima terça-feira. Essa medida sustenta que o caso não se trata de um crime militar, como o Ministério Público aponta.
A defesa do soldado entende que se trata de um crime comum, já que o cerne da questão não tem a ver com a Polícia Militar. Se essa medida for julgada, os atos decisórios podem ser anulados, não a investigação. Se for reconhecido que não se trata de crime militar, o caso será julgado por uma das varas criminais comuns de Joinville.
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Relembre o caso
O crime ocorreu na noite do dia 31 de maio em um motel, no distrito de Pirabeiraba, zona Norte de Joinville. O suspeito matou outro policial militar após encontrá-lo com a ex-companheira, que também é PM, dentro do estabelecimento. A polícia informou que os envolvidos trabalhavam no batalhão de Garuva e pertencem à 5ª Região da PM (Norte e Planalto Norte).
A vítima, Jefferson da Silva Marafian, foi morto com um tiro na cabeça. Como o crime envolveu somente policiais militares, a investigação e o inquérito foram executados pela PM. A Polícia Civil não teve envolvimento no caso.