Sem falar, algemado, e escondendo o rosto com as mãos, o subtenente da Polícia Militar (PM) Ênio Sebastião de Farias, 50 anos, chegou à delegacia de Imbituba na tarde de sexta-feira. Ele é suspeito por ter assassinado a própria namorada, Hannelore Sievert, 40 anos. O Policial Militar vai responder processo disciplinar e pode ser expulso da corporação.
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O delegado Raphael Johann Giordani deve escutá-lo e depois encaminhá-lo para ficar preso em uma unidade militar, direito garantido por ser da PM. Dependendo do tempo que durar o depoimento, o policial pode ser transferido para Florianópolis na noite desta sexta ou durante o sábado.
::Sobre o caso:
O caso se arrasta desde a sexta-feira, dia 12, quando o subtenente e a professora Hannelore Sievert, 40 anos, desapareceram. O carro dele foi localizado em uma praia de Imbituba. Estava atolado, avariado e com manchas de sangue no interior.
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Na quarta-feira, um corpo carbonizado, sem os braços e parte das pernas, foi encontrado enterrado próximo ao veículo. No mesmo dia, imagens das câmeras de uma agência bancária de Tapes (RS) mostraram o PM sacando R$ 1 mil.
Ainda na quarta, a Justiça decretou a prisão temporária por cinco dias e o policial militar se tornou foragido. Era quase meia-noite daquele dia e o delegado de Imbituba, mandava e-mails para policiais da região e de outros estados quando o telefone tocou. O colega de Santana do Livramento anunciava que o subtenente fora localizado.
A Polícia Civil catarinense enviou o mandado de prisão por fax e o foragido foi capturado no começo da madrugada de quinta-feira, dia 18. Ele foi encaminhado para um quartel da Polícia Militar gaúcha. Pela manhã, Giordani e uma equipe da Delegacia de Imbituba foram de carro até a fronteira com o Uruguai para buscar o suspeito.
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