Correção: Diferentemente do que informou este site das 17h22min de 8/10/2020 até as 14h50min de 9/10/2020, com base na entrevista do comandante, o teste na mudança na ativação das câmaras corporais ainda não começou. O conteúdo original já foi corrigido. O esclarecimento é da Polícia Militar.
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A Polícia Militar pretende testar e, depois, estender a todo Estado uma mudança no momento em que as câmeras corporais são acionadas automaticamente. A gravação começaria quando a viatura estiver a um quilômetro da ocorrência, e não mais no momento em que o policial é chamado. O objetivo é evitar filmagens inúteis e resguardar a privacidade.
– Hoje, a câmera é acionada quando a viatura é empenhada para se deslocar. Muitas vezes, o policial está, por exemplo, em sua necessidade fisiológica e, como o sistema é automatizado, começa a gravar a partir daí. Não há interesse criminal nisso. Estamos pedindo uma mudança de código, para acionar quando chega para o atendimento da ocorrência, a um quilômetro do local, o que é possível por georreferenciamento – explicou o comandante da PM em Santa Catarina, coronel Dionei Tonet, em entrevista ao Estúdio CBN Diário desta quarta-feira (7).
Na entrevista, o comandante falou ainda sobre o melhor setembro da série histórica na redução de crimes contra a vida e explicou a incorporação salarial de uma indenização para os servidores da segurança pública de Santa Catarina, assinada nesta quarta-feira pelo governador Carlos Moisés. Ouça:
Câmeras corporais da PM em SC têm polêmica sobre privacidade e diferença com modelo criticado em SP
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Pioneiro no Brasil, o uso das câmeras corporais completou um ano em agosto. São 1940 câmeras em funcionamento e mais cerca de 500 de reserva, o que cobre todos os 295 municípios catarinenses.
A adoção do novo modelo depende do aval do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, parceiro da PM nesse projeto.
– Estamos num trabalho de convencimento do Tribunal de Justiça para mudar o ponto de gravação. Existe uma comissão formada pela PM e pelo Tribunal de Justiça. Quando validarmos os testes, estenderemos para todo Estado – defende Tonet.

Outra medida em testes envolve parcerias com empresas privadas para acesso a câmeras de videomonitoramento.
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– Temos dois sistemas em testes, em Criciúma, que utiliza toda base de dados, privada ou pública, e outra em Jaraguá do Sul, que começa a fazer reconhecimento facial com base nas informações levantadas. Vamos investir muito na tecnologia, para unificação de banco de dados.