A comissão permanente de futebol da Polícia Militar de Santa Catarina decidiu na tarde desta quarta-feira liberar a Arena Joinville para a realização de jogos com presença de público. No entanto, segundo o tenente-coronel, Sandro Cardoso da Costa, há restrições que precisam ser respeitadas. Entre os pedidos, não está o aumento das grades, como fez a PM em outras ocasiões.
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Em compensação, a PM exige a presença de seguranças particulares. A quantidade varia de acordo com o público previsto. Em jogos com mais de 10 mil pessoas, a PM quer um segurança a cada dois metros. Em partidas com expectativa de 5 a 10 mil pessoas, o JEC precisará deslocar um segurança a cada três metros. Nos jogos com menos de 5 mil pessoas, será preciso um segurança a cada quatro metros. Hoje, o clube contrata cerca de 40 seguranças — provavelmente, terá de contratar um maior número.
De qualquer maneira, a liberação confirma que o estádio recebeu a licença anual da entidade. A atual licença era válida até o dia 26 e o Joinville precisava desta renovação para enviar à CBF que o palco poderá receber público nos jogos que mandar na Arena.
Houve grande dúvida se a PM liberaria ou não o estádio em razão da série de polêmicas que se desenrolavam desde o ano passado. Desde a revitalização da Arena Joinville, a PM considerava que havia muita facilidade para invadir o gramado. Por medida de segurança, exigia o aumento das grades de 1,20m para 2,10m.
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No ano passado (quando fez o primeiro pedido), a PM não foi atendida. Nem JEC, nem Prefeitura (responsável pela manutenção da Arena) julgavam a exigência necessária. Uma batalha nos bastidores foi travada e o Joinville conseguiu, com a presença de seguranças particulares no campo, convencer a PM de que não era preciso aumentar as grades.
A polêmica voltou à discussão após a confusão do jogo JEC e Figueirense, quando um torcedor invadiu o gramado para tentar roubar a faixa da Torcida Gaviões Alvinegros, visitantes na ocasião. Desde então, a PM voltou a exigir o aumento das grades.
Primeiro, tentou a interdição via TJD, após o e-mail do presidente da Comissão Permanente de Futebol da Polícia Militar de Santa Catarina, o tenente Sandro Cardoso da Costa. Ele enviou mensagem à procuradoria especializada do tribunal, relatando omissão dos joinvilenses. O TJD decidiu reabrir o caso.
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O auditor-relator, o coronel Claudio Roberto Koglin, comandante da 3ª Região de Polícia Militar, conduziu o processo e foi peça-chave na determinação da interdição da Arena, via TJD. A alegação é de que houve omissão por parte do Joinville diante dos vários pedidos da PM. Mas um efeito suspensivo conquistado pelo JEC, no mesmo TJD, desinterditou o estádio.
Com a liberação, pelo menos momentaneamente, a polêmica parece encerrada.