A Polícia Militar já utiliza em suas operações dados fornecidos por sistemas de localização de celulares. O tenente-coronel Araújo Gomes, comandante do quarto batalhão da Polícia Militar de Santa Catarina, que atua em Florianópolis, afirma que o recurso tecnológico rendeu prisões em flagrante.

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– Pedimos o login e a senha do serviço para a pessoa que foi roubada e passamos para a nossa unidade mais próxima do local. Chegamos até a fazer a detenção de pessoas já procuradas pela polícia por causa disso – conta o coronel.

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Ele recorda também de um caso, há cerca de um ano, em que a localização apontada pelo sistema de segurança era uma casa e a PM conseguiu um mandado de busca e apreensão, junto ao plantão judiciário, para invadir o local e recuperar o smartphone. Não é incomum encontrar também outros produtos que tenham sido roubados junto com o ladrão.

– A recomendação da polícia é para que as pessoas habilitem a função. Mas que nunca tentem ir sozinhos recuperar o aparelho – afirma Gomes.

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Cuide da sua segurança

O que fazer ao comprar

O seu celular tem um código numérico como se fosse o chassi de um carro. Ele é uma identidade única do aparelho no mundo. A dica é que você anote esse número, chamado IMEI, e guarde em local seguro. Ele aparece na caixa do aparelho ou no espaço destinado à bateria. O número vai ser útil mais pra frente caso você perca o celular.

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Se você esqueceu de anotar e já não tem mais a caixa do aparelho, por exemplo, não tem problema. Coloque o código do IMEI no seu teclado: basta digitar *#06# que o número vai aparecer.

Em seguida é importante, ao criar uma conta no Google, Apple ou outro fabricante de smartphone, habilitar os mecanismos de sincronização de contatos, fotos e outros arquivos. Nada deve ficar apenas no aparelho.

Configure também o uso de um recurso de recuperação e limpeza remota. Os sites são www.google.com/android/devicemanager para aparelhos Android e www.icloud.com para aparelhos da Apple. Treine as funções. Apague pelo menos uma vez os dados do teu celular usando o computador (isso vai mostrar se ele apaga ou não o que está no cartão de memória que normalmente vem com o smartphone).

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Em seguida, cadastre um código PIN (quatro números) ou uma senha (com letras e números) para o seu aparelho. Especialistas em segurança alertam para não usar o recurso de desenhar na tela por ser mais fácil de alguém descobrir.

O que fazer após perder

Nos sites www.google.com/android/devicemanager (Android) e www.icloud.com (Apple), você consegue localizar o smartphone se ele estiver com a opção de GPS ligada. Se o aparelho estiver conectado na internet, já vai te dar o local também.

Denuncie no 190, para a Polícia Militar (PM), a localização do seu celular. Não busque sozinho nem tente negociar a recuperação do aparelho.

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O mais importante, apesar de não parecer ter um valor financeiro, é impedir o acesso a todos os seus dados. No mesmo site, envie o comando para apagar o conteúdo do celular. Suas fotos e outros arquivos provavelmente já estarão em nuvem se você ligou a sincronização. Também é possível que a PM consiga recuperar seu smartphone – aí bastará restaurá-lo.

Se você não conseguir recuperar o aparelho, o passo seguinte é utilizar o código IMEI, que você deve ter guardado em algum lugar seguro. Para bloquear o smartphone, procure os canais de atendimento da sua operadora. Ele vai ser incluído em uma “lista negra” e perderá as funções que dependem da rede móvel: ligações, SMS e conexão com a internet. Um celular com IMEI bloqueado vira praticamente apenas um despertador.

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